O défice orçamental alemão atingiu no primeiro semestre 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o dobro do registado em 2009, devido à diminuição das receitas fiscais e ao aumento da despesa pública, divulgaram esta terça-feira as autoridades alemãs.
De acordo com o Instituto Federal de Estatísticas, o défice financeiro da Alemanha foi de 42,8 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, na sequência da crise financeira que levou à diminuição das receitas fiscais e ao aumento das despesas.
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O mesmo organismo confirmou ainda a primeira estimativa do crescimento do PIB alemão no primeiro semestre de 2010, de 2,2%, o valor mais alto desde a reunificação do país, em 1990, escreve a Lusa.
O défice alemão do primeiro semestre foi mais do dobro do registado no primeiro semestre de 2009, quando ascendeu a 18,7 mil milhões de euros.
«As consequências da crise económica e financeira e as medidas do Governo de apoio à situação económica e aos mercados financeiros afecta agora o Orçamento do Estado, os estados e municípios, com um atraso temporário», lê-se no relatório conhecido esta terça-feira.
O PIB da Alemanha ultrapassou no primeiro semestre de 2010 mais de 1,2 mil milhões de euros.
Crescimento «vertiginoso»?
Caso a Alemanha continue neste ritmo até final do ano, o país voltará a cumprir os critérios de Maastricht, que estabelecem um défice máximo de 3% do PIB.
O défice orçamental alemão foi em 2009 de 3,1% ligeiramente acima dos critérios definidos, recordou hoje o Instituto Federal de Estatísticas.
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Ainda assim, a instituição afirma que as receitas registaram no primeiro semestre de 2010 uma queda de 1,5%, num valor similar ao do primeiro semestre do ano passado (1,4%), enquanto que as despesas aumentaram 3% face aos 3,6% de período homólogo de 2009.
Por outro lado, o Instituto Federal de Estatísticas reiterou que a economia alemã tem registado um forte crescimento, um ritmo que há dez dias o mesmo organismo descreveu como «vertiginoso».
Os autores do relatório corrigiram ainda em alta o crescimento do PIB alemão no primeiro trimestre para 0,5% face aos 0,2 da anterior estimativa.
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