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OCDE prevê que desemprego chegue aos 11,4% para o ano

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Organização estima que Portugal entre em recessão no próximo ano. Economia portuguesa está «muito fraca», diz relatório

Os número da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico não são bons para Portugal. No relatório sobre Perspectivas Económicas, divulgado esta quinta-feira, a organização estima que o país entre em recessão, contraíndo 0,2% no próximo ano - sofrendo da forte queda no consumo privado (-0,7%) -, e um crescimento da taxa de desemprego até aos 11,4%, também para 2011.

A economia portuguesa, até ao final deste ano e no próximo, recebe o adjectivo de «muito fraca», prejudicada pela «consolidação orçamental e pelas restrições no crédito», o que contribuirá para um aumento do desemprego.

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A OCDE prevê que a taxa chegue aos 11,4% em 2011, mantendo-se acima dos 11% (11,1%) em 2012.

Para este ano, a taxa é fixada nos 10,7%, muito próximo da previsão do Governo que aponta para os 10,6%. Ontem, dados do INE, relativos ao 3.º trimestre, indicam que o desemprego atingiu já um valor recorde em Portugal, alcançando os 10,9%.

Os valores do Governo também são mais optimistas no que diz respeito a 2012, prevendo que a taxa fique abaixo dos 10%.

Portugal contrai 0,2% em 2011: a culpa é do consumo

Portugal vai entrar em recessão no próximo ano, com a economia a contrair 0,2%. Contudo, e apesar do crescimento negativo previsto para 2011, a OCDE estima que Portugal cresça, este ano, 1,5% e 1,8% em 2012.

No relatório, a OCDE considera que a economia até ao final e no próximo ano vai estar «muito fraca», só recuperando depois para os 1,8% em 2012.

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As más notícias não ficam por aqui: a OCDE diz que o Governo não vai ser capaz de cumprir a meta orçamental para o próximo ano de 4,6%. De acordo com a organização, o défice vai ficar nos 5% em 2011 e nos 4,4% em 2012.

Os portugueses vão sofrer um agravamento dos preços no próximo ano acima dos 2%.

Mas apesar da perspectiva negativa, a organização apoia as «medidas de consolidação - assumidas nas projecções - e corrigindo prontamente qualquer derrapagem orçamental, de forma a atingir as metas, que são essenciais para reduzir o custo do financiamento externo e, assim, conseguir afastar o maior risco da contracção no crédito».

Para a OCDE, e apesar deste quadro pouco animador, 2012 será um ano de expansão económica: a aposta no crescimento vive da expectativa de que a moderação salarial e a procura externa irão ajudar nas exportações (mais de 6%) e no investimento. E, que, ao contrário de 2011, o consumo privado regresse a valores baixos mas positivos.

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