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A Grécia apresentou esta terça-feira uma nova proposta aos credores europeus, excluindo o Fundo Monetário Internacional das negociações. O Governo grego quer um novo programa de ajuda de dois anos da União Europeia, que envolva a reestruturação da dívida, anunciou o gabinete do primeiro-ministro através de comunicado, depois de Alexis Tsipras ter iniciado uma série de consultas de última hora com alguns líderes europeus e da Comissão Europeia (CE) na procura de uma solução para o bloqueio das negociações.
“O Governo grego propôs nesta terça-feira ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM) um acordo de dois anos que cubra na totalidade as necessidades financeiras e permita a reestruturação da dívida”, consta no documento divulgado.
“A Grécia continua na mesa de negociações” e vai procurar sempre “uma solução viável para permanecer no euro”, afirma ainda o executivo de Atenas.
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Já François Hollande confirmou à Reuters que as propostas apresentadas pelo governo grego vão ser analisadas na reunião desta terça-feira.
Angela Merkel terá dito esta terça-feira no parlamento que a Alemanha não vai entrar em negociações com a Grécia antes do referendo de domingo, na Grécia, segundo fonte parlamentar citada pela agência France Presse. "Antes do referendo a Alemanha não vai negociar a nova proposta da Grécia", terá dito a chanceler alemã.
O comunicado do Governo grego surge horas antes de o país entrar em incumprimento junto do Fundo Monetário Internacional, depois de o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, ter anunciado que não iria reembolsar o empréstimo de cerca de 1.600 milhões de euros. Varoufakis afirmou também que para dizer ‘sim’ ao euro é preciso uma solução viável, ou seja, uma nova e melhor proposta por parte dos credores.
À margem de uma conferência de imprensa em Berlim, a chanceler alemã disse desconhecer qualquer nova proposta por parte da Comissão Europeia junto da Grécia. "Tudo o que sei é que a última proposta que conheço é de sexta-feira passada e não posso acrescentar mais nada", comentou apenas.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, terá proposto ao primeiro-ministro grego um acordo de última hora, que os credores aceitariam "fechar" se Atenas se comprometesse ainda hoje a aceitar a última proposta e em fazer campanha pelo "sim" no referendo.
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