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Eurogrupo reunido faz pressão sobre Grécia

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Os ministros das Finanças da Zona Euro vão estar reunidos esta segunda-feira, em Bruxelas, e deverão lembrar a Grécia de que só chegará mais dinheiro a Atenas se o país der garantias de que implementará o programa anti-crise com que se comprometeu com os parceiros europeus. A Alemanha avisou já hoje que sem reformas reais o país terá de abandonar o euro e que «a paciência tem limites».

Após uma semana forte em emoções, provocadas pelo anúncio do Governo grego, há precisamente oito dias, da realização de um referendo ao plano de ajuda europeu decidido na cimeira da Zona Euro no final de Outubro, os ministros das Finanças dos 17 países membros do euro reúnem-se hoje num ambiente já um pouco mais desanuviado, face ao recuo na intenção de organizar a consulta popular.

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Para a tranquilização da situação contribui também o facto de o primeiro-ministro grego e o líder da oposição conservadora, Antonis Samaras, terem chegado no domingo a acordo quanto à criação de um Governo de coligação que não integrará George Papandreou.

O novo primeiro-ministro deverá ser designado hoje e as próximas eleições serão realizadas a 19 de Fevereiro. O país terá de ratificar entretanto o acordo europeu de 26 de Outubro.

No entanto, embora longe do pânico que se instalou há uma semana, a situação não é ainda totalmente tranquilizadora e, numa altura em que prosseguem em Atenas as negociações políticas para a formação de um Governo que garanta a ratificação e implementação do plano de ajuda, o Eurogrupo deverá voltar a fazer pressão sobre a Grécia, lembrando que a Europa só emprestará mais dinheiro mediante garantias de que o programa de ajustamento será cumprido.

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Mesmo a sexta tranche do primeiro programa de ajuda, de oito mil milhões de euros, que o Eurogrupo decidira libertar na sua última reunião, está neste momento comprometida.

Os parceiros da Grécia aguardam pela confirmação de que há, de facto, condições políticas internas para a implementação das medidas de austeridade extremas que são reclamadas.

Fundo europeu e Itália também dominam atenções

Além da questão grega, os ministros das Finanças discutirão outros resultados saídos da cimeira de 26 de Outubro último, designadamente o aumento da capacidade do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) de 440 mil milhões para um bilião de euros, como forma de aumentar as defesas da Zona Euro contra a crise da dívida soberana.

Há uma particular atenção sobre a Itália, que continua sob forte pressão dos mercados, apesar do anúncio de reformas e de que a implementação destas será alvo de vigilância pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

A reunião do Eurogrupo tem lugar precisamente no dia em que tem início a segunda avaliação trimestral da troika ao plano de assistência a Portugal, que deverá prolongar-se durante cerca de duas semanas e durante a qual o Governo deverá solicitar à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e ao Fundo Monetário Internacional alguns «reajustamentos» ao programa.

Portugal estará representado pelo ministro Vítor Gaspar na em Bruxelas. A reunião tem início às 16 horas de Lisboa e será seguida, na terça-feira de manhã, pelo Ecofin.

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