Os economistas do banco suíço UBS acreditam que a Grécia não tem outra saída senão pedir ajuda aos parceiros europeus. «O comportamento recente do mercado significa que a ajuda externa deve ser inevitável e poderá ser accionada muito em breve. Pensamos que uma intervenção durante o fim-de-semana é uma possibilidade», lê-se numa nota de análise citada pela Bloomberg.
Uma nova onda de receios quanto à situação grega invadiu ontem os palcos dos mercados internacionais: o risco da dívida pública atingiu níveis recorde desde a criação da Zona Euro (os juros subiram para os 429 pontos base face aos juros da dívida alemã) e os receios de um possível incumprimento arrastaram as bolsas europeias para perdas superiores a 1%.
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Dívida: risco da Grécia bate o da Islândia e arrasta Portugal
Esta sexta-feira assiste-se a uma correcção, com os juros da dívida grega a 10 anos a baixar para os 412 pontos base face às obrigações da Alemanha, consideradas as mais seguras da Europa.
Trichet acredita: Grécia «não precisa de ser salva»
Já o presidente do Banco Central Europeu acredita que a Grécia ainda não chegou ao ponto em que precise de ser salva. O incumprimento «não é uma hipótese», voltou a afirmar Jean-Claude Trichet, depois de ontem ter tentado acalmar os investidores.
«Neste momento não considero que esse mecanismo seja necessário», disse Trichet sobre a hipótese de Atenas pedir ajuda aos seus parceiros europeus, numa entrevista ao jornal italiano «Il Sole 24 Ore».
Opinião idêntica tem o ministro das Finanças grego, George Papaconstantinou, que esta manhã disse que o país não vai recorrer à ajuda externa e que a subida dos «spreads» da dívida soberana grega não reflecte a realidade económica do país, escreve a Reuters.
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