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Como vai ser calculada a fatura do Brexit?

Custo não está oficialmente definido, mas andará pelos 40 mil milhões a 45 mil milhões de euros. Acordo alcançado entre o Reino Unido e Bruxelas especifica as contas que vai ser preciso fazer

As contas vão ser feitas em euros. Isso é certo. O acordo de princípio alcançado entre o Reino Unido e a Comissão Europeia sobre a fatura do Brexit não detalha ainda valores finais, mas explica como será calculada a saída do país da família europeia.

Pelo que diz o documento, será calculada tendo em conta a percentagem do orçamento para 2014-2020 que cabe ao Reino Unido, que irá continuar a contribuir até 2019 e 2020, como se permanecesse na União Europeia, "incluindo o ajuste da receita", cita a Reuters. A data do divórcio, recorde-se, é 29 de março de 2019. O acordo fixa desde já que a fatura virá em euros.

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Ambas as partes concordaram com uma metodologia para a liquidação financeira, elaborada e paga em euros".

O porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, antecipa que o divórcio custe entre 35 a 39 mil milhões de libras (cerca de 40 mil milhões a 45 mil milhões de euros). Será o dobro daquilo que a primeira-ministra britânica, Theresa May, queria dar.

Londres e Bruxelas decidiram que as questões práticas em termos de metodologia e calendário de pagamentos serão decididas na segunda fase das negociações do acordo de saída do Reino Unido da UE, que começará em 2018.

O acordo de princípio prevê ainda, nesta vertente económica e financeira, que o país continuará a participar nos programas da UE financiados pelo orçamento 2014-2020 até à sua conclusão.

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Ao mesmo tempo, continuará a receber pela sua participação nos passivos contingentes da UE, como a assistência financeira ou operações administradas pelo Banco Europeu de Investimento. "A responsabilidade do Reino Unido será limitada às decisões sobre cada operação financeira adotada antes da data da retirada", lê-se no acordo.

Para evitar uma interrupção das operações do BEI, o país fornecerá uma garantia de um montante igual ao seu capital exigível. Essa garantia diminuirá ao longo do tempo. "A participação do Reino Unido no capital será reembolsada em 12 parcelas anuais a partir do final de 2019. As primeiras onze parcelas serão de 300 milhões de euros e a final será de 195.903.950 euros".

Fica igualmente determinado que o Reino Unido se compromete a pagar a sua parte das obrigações com pensões e benefícios sociais de funcionários da UE e de instituições europeias.

A libra esterlina subiu 0,45% face ao euro após o anúncio da Comissão Europeia. Assim que se soube deste acordo, de madrugada, a moeda nacional britânica chegou a valer 1,149 euros, o nível mais alto desde junho passado. Também valorizou em relação ao dólar, para se fixar em 1,350 dólares.

 

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