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Risco de despedimento coletivo mais do que duplica

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Mais de 200 empresas iniciaram este tipo de processos até fevereiro, o dobro do ano passado

O número de trabalhadores em risco de despedimento coletivo mais do que duplicou até fevereiro deste ano, face mesmo período de 2011. Houve mais de 200 empresas a iniciar este tipo de processos em Portugal continental este ano, no período analisado.

Segundo os dados publicados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), o número de trabalhadores que as empresas tencionam despedir nos próximos meses ao abrigo de processos de despedimento coletivo disparou 116,9% até fevereiro para 2.037 pessoas.

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Cenário negro

O número de empresas que apresentou junto do Ministério da Economia e Emprego um pedido inicial para realizar despedimentos coletivos disparou assim num ano, passando das 114 para as 207 até fevereiro deste ano.

Só durante o mês de fevereiro foram 93 as empresas que manifestaram esta intenção. No ano passado, tinham sido 44. Ficam em risco 898 postos de trabalho (375 em fevereiro do ano passado).

Que empresas e regiões figuram nas piores estatísticas?

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo foi aquela com mais processos de despedimento coletivo abertos em janeiro e fevereiro (94), seguindo-se o Norte (78), o Algarve (17), o Centro (16) e Alentejo (2).

Os processos dizem maioritariamente respeito a microempresas (73) e pequenas empresas (91), mas também entram nas estatísticas as médias (27) e grandes empresas (16).

De acordo ainda com os dados da DGERT, em janeiro e fevereiro o número de empresas que concluiu processos de despedimento coletivo também aumentou, face a igual período de 2011, passando de 102 para 159.

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Num ano, o número de trabalhadores despedidos ao abrigo de processos de despedimento coletivo aumentou de 1.007 para 1.248 pessoas, mas as empresas, ainda assim, conseguiram «segurar» 77 postos de trabalho em relação aos 1.332 estimados no início dos respetivos processos de despedimento coletivo, nota a Lusa.

Em fevereiro deste ano, face ao mesmo mês de 2011, foram concluídos processos de despedimento coletivo em mais empresas (passou de 46 para 51 empresas), mas foram despedidos ainda assim menos trabalhadores (377 contra os 413 de 2011).

Como decorre todo o processo

No processo de despedimento coletivo, a empresa entra com um pedido inicial junto do Ministério da Economia e Emprego, manifestando a sua intenção e o número de trabalhadores abrangidos pela ação.

Segue-se uma fase de negociação entre a empresa, os representantes dos trabalhadores e os serviços do Ministério, onde se tentam soluções, nomeadamente de reconversão, e negociações compensatórias.

Finalmente, a entidade empregadora comunica a decisão definitiva de despedimento e entrega um mapa final aos serviços do Ministério onde consta o número de trabalhadores efetivamente dispensados e o processo dá-se por concluído.

No conjunto do ano passado, recorreram ao despedimento coletivo um total de 641 empresas, tendo sido despedidos 6.526 trabalhadores.

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