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Brasil critica medidas impostas pelo FMI na Zona Euro

País aprendeu «na carne» que receita do Fundo nem sempre é a melhor

A presidente Dilma Rousseff criticou sexta-feira as políticas restritivas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países em crise.

«É um facto que quando há uma crise de dívida, só tem de a pagar. (¿) Mas há um problema: você não paga, nem cria riquezas, se não crescer», declarou a líder brasileira, citada pela Lusa.

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Ao discursar em Porto Alegre, onde iniciou a carreira política, Dilma Rousseff recordou que o Brasil já enfrentou uma crise parecida com a que as nações europeias vivem e que as condições impostas pelo FMI naquela ocasião impediram o crescimento do país.

«O Brasil aprendeu, de facto, na carne. Nós vivemos todo o processo de ajustamento e, depois deste, nós não crescemos», declarou, acrescentando que o país «aprendeu muito» com duas décadas sem crescimento.

«O Brasil deu o grande passo quando voltou a crescer. Foi quando pagámos ao FMI e nos livrámos da sua interferência na nossa política interna», ressaltou.

Dilma Rousseff prometeu ainda que o Brasil, enquanto participante do FMI, não aceitará que «certos critérios», que foram impostos ao país, sejam impostos a outras nações que enfrentam desequilíbrios financeiros.

«Jamais aceitaremos, como participantes do Fundo Monetário, que certos critérios que nos impuseram sejam impostos a outros países», sentenciou, após ter afirmado que o Brasil deverá aumentar a sua participação na entidade monetária mundial.

A presidente brasileira também disse concordar «com algumas das palavras» dos movimentos que têm surgido pelos Estados Unidos e países europeus em relação à crise.

Dilma Rousseff voltou a destacar o grande peso do mercado interno para a manutenção da estabilidade da economia brasileira, mas reconheceu que o país «não é uma ilha» e não está imune aos efeitos negativos da crise.

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