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136 famílias por mês pedem ajuda para pagar a casa

Mais de 1.300 famílias afectadas pelo desemprego já usaram a linha criada pelo Estado em 2009

Em 2010, uma média de 136 famílias por mês pediu ajuda ao Estado para pagar o empréstimo da casa ao banco. Do total de 1.362 pedidos feitos, 1.030 foram aprovados, escreve o «Diário de Notícias».

Nestes casos, o Estado fica a pagar metade da prestação, até ao máximo de 500 euros e durante um prazo máximo de dois anos. Segundo a Deco, esta medida tem sido essencial para conseguir resolver a situação das famílias endividadas que lhes pedem ajuda.

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No total, o Estado ajuda 2.363 famílias através desta linha de crédito para a qual destinou 150 milhões de euros. Uma medida aprovada em 2009 e alargada até ao final deste ano, para apoiar os desempregados devido à crise. Mas as famílias nestas condições têm ainda até à próxima sexta-feira, dia 31, para pedir este apoio, sendo que os principais bancos portugueses aderiram à iniciativa. O dinheiro não é dado, mas emprestado, só que a uma taxa bonificada.

Natália Nunes, responsável do Gabinete de Sobreendividamento da Deco, explica, citada pelo «Diário de Notícias», que os bancos também têm estado mais disponíveis para renegociar os créditos à habitação.

Mas muitos casos acabam mesmo em penhora. No ano passado houve 4.589 processos em que foram efectuadas penhoras de casas, num total de 6001 imóveis. Estes números representam uma descida de cerca de 400 processos e 400 imóveis em relação ao ano anterior, mas não anulam a subida registada entre 2007 e 2008: mais mil processos. No entanto, o Ministério da Justiça lembra que os dados não distinguem quantas se devem à incapacidade das famílias para pagar o crédito habitação.

Aliás, não se sabe exactamente quantas famílias perdem a casa para o banco por não conseguirem pagar o empréstimo. Um estudo de 2004 do Observatório do Endividamento dos Consumidores (OEC) dizia que, por ano, cerca de 7.500 famílias portuguesas perdiam a casa por não conseguirem pagar empréstimo ou renda, mas esses dados não são actualizados desde então e não permitem perceber o impacto da crise.

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