Os investidores estarão esta semana focados nas decisões do Banco Central Europeu e do Banco de Inglaterra sobre taxas de juro.
De acordo com uma «poll» da agência Reuters, 76 economistas que foram inquiridos consideram que a autoridade monetária não vai voltar a mexer no preço do dinheiro na reunião desta quinta-feira. Mas 17 apontam um aumento da taxa de juro de referência antes do próximo trimestre e mais de metade (44) acreditam que o BCE deve voltar a aumentar os juros para 1,5%, em Julho.
PUB
Segundo a mesma sondagem, os juros na Zona Euro devem chegar ao final do ano nos 1,75%, dentro das expectativas dos mercados financeiros. Já para o final de 2012, os analistas apontam para que o preço do dinheiro esteja nos 2,5%.
Prova disso, é que as Euribor têm registado subidas atrás de subidas, num movimento de antecipação à subida dos juros.
Telma Santos, analista de acções do Millennium Investment Banking, disse este domingo, citada pela Lusa, que «na quinta-feira, as atenções estarão viradas para as decisões do BCE e do Banco de Inglaterra, sendo esperada a manutenção da taxa directora da Zona Euro nos 1,25% e do Reino Unido nos 0,5%».
Isto depois de no início do mês de Abril, o BCE ter aumentado os juros em 25 pontos base para 1,25%, depois de terem estado em mínimos históricos de 1% há quase dois anos. Em causa estão pressões inflacionistas.
Restantes destaques da semana
Esta semana será ainda preenchida com a divulgação de indicadores macroeconómicos e a apresentação dos resultados das empresas.
PUB
Na Europa, o ISM Indústria, que será conhecido na segunda-feira, deverá recuar de 61,2 pontos para 59,6 pontos em Abril, contrariando o aumento esperado do ISM Serviços de 57,3 pontos para 58 pontos, agendado para quarta-feira.
Ainda na Europa, as vendas a retalho de Março na Zona Euro deverão subir 0,1% face ao mês anterior e, na Alemanha, tanto a produção industrial como as encomendas às fábricas devem ter aumentado 0,3% em Março.
Nos Estados Unidos, as atenções estarão focadas no mercado laboral.
Na sexta-feira será divulgado o relatório de emprego de Abril, «sendo esperada a criação de 180 mil empregos, excluindo o sector primário, e a permanência da taxa de desemprego nos 8,8%», avançou Telma Santos.
A analista acrescentou que na quarta-feira «o instituto ADP deverá apontar para a criação de 200 mil empregos por parte das empresas dos Estados Unidos».
Em Portugal, na segunda-feira o BES apresenta os resultados do primeiro trimestre e na quarta-feira é a vez da Jerónimo Martins, da EDP Renováveis e da Brisa.
No dia seguinte serão conhecidas as contas da EDP e da Sonaecom.
Na Europa, serão divulgados os resultados do Commerzbank, do BNP Paribas, da Société Générale e da Siemens, enquanto nos Estados Unidos as atenções estarão voltadas para a Pfizer e a Mastercard, entre outras.
PUB