Se está a pensar comprar casa, esteja atento à oportunidade de comprar uma a preço de saldo. É que as instituições financeiras têm centenas de imóveis em carteira de pessoas que deixaram de pagar os empréstimos e que as perderam para o banco. Os descontos podem ir até aos 50%.
As casas são devolvidas ao mercado, com os bancos a procurarem novos compradores para não perderem tanto dinheiro dos créditos que ficaram por pagar. É uma estratégia que surge numa altura em que a falta de liquidez mina a sustentabilidade do sector.
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Esteja por isso atento a slogans do tipo «imóveis oportunidade» ou «em saldo». Tanto a CGD, como o BCP, BES, BPI e Montepio estão a vender imóveis mais baratos e com condições de financiamento mais atractivas que passam por, por exemplo, por isenções nas comissões do BPI e do BCP, mas também por spreads mais vantajosos.
No caso do BES, para além da isenção da comissão de estudo e processo (que ronda os 435 euros), o banco propõe um spread de 1,5%, segundo revela o «Jornal de Negócios» na sua edição desta sexta-feira. Para se ter uma ideia da quebra, o spread mais alto que a instituição liderada por Ricardo Salgado é de 4,8%.
E ainda há mais: o banco garante um financiamento de 100% do imóvel, uma prática que tem sido posta de parte pelo sector.
O jornal dá o exemplo de várias casas a preço de saldo. Um T2, em Leça da Palmeira (Matosinhos) que custa agora mais de metade do seu preço inicial. A avaliação do imóvel rondava os 104.200 euros. Está agora à venda por 47.900.
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