Os portugueses continuam a fugir dos Certificados de Aforro (CA). No mês de Maio, este produto de poupança registou uma entrada de 30 milhões de euros, mas os resgates ascenderam aos 566 milhões.
Contas feitas, os CA registaram um saldo líquido negativo de 536 milhões de euros no mês em causa, mostram dados do boletim mensal do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP). Uma fuga que dura já há largos meses e que está em grande medida relacionada com a baixa taxa de rendibilidade do produto.
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É que apesar de a taxa de remuneração dos CA estar ligada à Euribor a três meses e de esta até ter vindo a subir, o retorno dos CA para as subscrições deste mês fica-se pelos 1,467%.
No prato oposto da balança estão os Certificados do Tesouro (CT), que continuam a captar a atenção dos pequenos investidores. Em Maio, os portugueses subscreveram mais 101 milhões de euros neste produto de poupança, tendo retirado apenas 24, o que se traduz numa entrada líquida de 77 milhões.
Os CT apresentam uma rentabilidade bem mais elevada, ainda que não esteja tão alta quanto as regras fariam prever. A rentabilidade deste produto deveria estar indexada às yields das Obrigações do Tesouro a 5 e a 10 anos, que têm registado sucessivos máximos, mas nos últimos meses o IGCP congelou a taxa, por considerar que o mercado da divida pública não está a funcionar normalmente.
Mesmo assim, a taxa de juro bruta anual chega aos 7,1% para quem mantiver a aplicação pelo prazo máximo de 10 anos.
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