O crédito ao consumo tem vindo a registar uma forte quebra. As taxas de recusa superam os 50%, segundo os últimos indicadores disponibilizados, correspondentes ao mês de Abril.
O crédito automóvel derrapou 13,5% e o destinado ao consumo de equipamentos e artigos para o lar 16%.
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Ao «Jornal de Notícias», a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) admite que esta é uma quebra que já vinha de há três anos, mas que agora se acentuou, por causa do «ajustamento à conjuntura económica» e porque os portugueses perderam poder de compra.
«Basta vermos que, a partir de 2008, com a crise financeira internacional, os indicadores de poupança voltaram a crescer consistentemente. Há uma alteração nos hábitos de consumo e de financiamento em função do ambiente comercial e financeiro que nos rodeia», explica a secretária-geral da ASFAC.
Um crédito ao consumo é autorizado mediante uma análise de risco e à capacidade financeira do cliente.
Num cenário de aperto do cinto e de maiores recusas na concessão de empréstimos, o comércio tem-se visto obrigado a recorrer a promoções para não perder clientes. Já são praticadas reduções que vão até aos 70%.
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