Já fez LIKE no TVI Notícias?

Dois pilotos por voo? Ryanair acha que é um desperdício

E casas-de-banho também. Ocupam demasiado espaço

Actualmente, todos os aviões voam com dois pilotos. É uma norma de segurança: para o caso de um dos pilotos ter um problema que o impeça de pilotar (por exemplo um ataque cardíaco), há sempre outro que pode aterrar o avião.

A Ryanair acha que é um desperdício: «por que é que todos os aviões têm de ter dois pilotos? Na verdade, só é preciso um. Vamos retirar o segundo. Deixemos que o raio do computador o pilote», sugere o presidente da companhia, Michael O¿Leary.

PUB

Em declarações à Bloomberg, o polémico presidente explica que, caso algum dos seus pilotos tenha efectivamente um problema, como um ataque cardíaco, haveria sempre alguém a bordo, entre a tripulação, capaz de aterrar o avião. «Se o piloto tivesse alguma emergência, tocava o alarme, chamava a hospedeira, e ela podia assumir a situação».

Ele quer cobrar tudo

O¿Leary ficou conhecido por fazer sugestões polémicas numa tentativa de tornar as viagens de avião cada vez mais baratas, ou não fosse a Ryanair uma low-cost. O presidente já quis cobrar preços indexados ao peso dos passageiros, retirar bancos dos aviões para que algumas pessoas pudessem viajar de pé e até cobrar o uso das casas-de-banho a bordo.

Uma ideia que ainda não abandonou, a julgar pelas suas declarações à agência: cada avião tem três casas-de-banho e O¿Leary quer acabar com duas nos voos de curta duração, o que permitiria libertar espaço para transportar mais pessoas por voo. Quanto à única casa-de-banho que restaria, seria paga, claro. Um euro por utilização.

PUB

O presidente da Ryanair sempre defendeu que os passageiros não são «flores de estufa» e que não precisam de ser apaparicados com almofadas grátis, cobertores e chá. «Por tarifas mais baixas, suportam tudo», diz.

Passageiros substituem carregadores de malas

Outra das ideias da Ryanair é por os passageiros a carregar malas. Em Julho de 2002, num voo para Dublin, o piloto anunciou aos passageiros que a equipa de handling tinha pouca gente e não conseguiria carregar toda a bagagem. A menos que as pessoas se voluntariassem para carregar as malas, haveria um grande atraso no voo. Pouco tempo depois, vários passageiros desceram para levar as malas para dentro.

«Os aeroportos são locais estupidamente complicados, tudo porque temos esta norma inútil de retirar as malas aos passageiros no início da viagem para a devolver novamente no final. Livremo-nos dessa treta toda. O passageiro leva a mala com ele, leva-a para a pista e carrega-a no avião», diz.

Andar de avião não é como ter sexo

O presidente da companhia discorda do princípio de que «o cliente tem sempre razão». Aliás, na sua opinião, «normalmente, o cliente não tem razão nenhuma».

O seu grande motivo de orgulho? «Finalmente desfizemos o mito de que viajar de avião era uma espécie de experiência sexual única. Não é. É apenas uma forma de chegar do ponto A ao ponto B».

PUB

Últimas