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«Efeito princesa» impulsiona vendas de luxo

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Britânicas imitam Kate Middleton, noiva do príncipe William de Inglaterra

É a prova de que uma só pessoa pode mudar o mundo. Bom, talvez não o mundo mas uma parte de um país. A noiva do príncipe William de Inglaterra, Kate Middleton, vai fazer mais pelo comércio de luxo do Reino Unido que qualquer campanha publicitária. E sem levantar um dedo.

Segundo estima o Barclays Corporate, o segmento de luxo, e particularmente o vestuário, vai registar um forte crescimento nos próximos anos, em boa parte graças à futura princesa, que serve de modelo, referência e inspiração às britânicas na hora de ir às compras e abrir os cordões à bolsa.

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«Espera-se que, em 2014, o segmento premium esteja avaliado em 8,6 mil milhões de libras, um aumento de 1,9 mil milhões de libras (29%) face aos 6,7 mil milhões de libras estimados actualmente», escreve o banco.

«O sector deverá beneficiar de vários factores, incluindo o «efeito Middleton», que já catapultou algumas peças chave das colecções da Reiss e da Whistles para as primeiras páginas de jornais e revistas por todo o mundo.

«Efeito Middleton» é como o «efeito Michelle Obama»

Richard Lowe, o responsável pela unidade de Comércio a Retalho e por Grosso do Barclays Corporate, diz que «Kate Middleton deverá fazer por muitos nomes do comércio de luxo o que Michelle Obama fez por J Crew nos EUA. Os consumidores ficam mesmo inspirados por estas grandes imagens brilhantes dela em estilos que são muito acessíveis».

J Crew é uma cadeia de armazéns de vestuário, conhecida pelos preços acessíveis. A primeira-dama americana tem feito furor nas colunas de moda por usar frequentemente peças de roupa de baixo custo, ao contrário da maioria das mulheres ligadas à política. A H&M é outra das marcas que usa com frequência.

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Mentalidade do consumidor britânico está a mudar

Apesar de as vendas estarem a abrandar nos últimos meses, o sector desafiou a tendência recessivo, ao registar um crescimento de 6,2% nos dois últimos anos.

«Mas o mercado de luxo beneficiou também do envelhecimento populacional, já que os consumidores mais velhos privilegiam a qualidade e o serviço em detrimento do preço. Isto deverá lever a uma mudança de foco para muitos retalhistas, que vão redireccionar a sua oferta para um público mais velho», explica a análise do Barclays Corporate.

«Isto está a começar com uma mudança subtil na cabeça do consumidor, que está a ganhar forma. Os consumidores querem qualidade aliada ao valor, e ficam felizes por comprarem este tipo de produto», acrescentou Richard Lowe.

O número de consumidores a fazer compras no segmento premium mais que duplicou na última década. Hoje, 57% dos consumidores recorrem regularmente a lojas de luxo, e metade destes chegam das classes mais altas. O estudo do Barclays Corporate estima que este segmento do mercado crescerá de 9,9 mil milhões de libras para 12 mil milhões (21%) nos próximos três anos.

Como um todo, a indústria de vestuário deverá crescer 9% até 2014 mas os retalhistas terão de trabalhar muito e adaptar-se para sobreviver ao crescimento do segmento premium.

«O mercado do vestuário vai, indubitavelmente, tornar-se mais concorrencial com o segmento médio a sentir o aperto. Eu esperaria ver uma mudança na estrutura de preço com os principais retalhistas a focarem-se no segmento premium para manter o crescimento e impulsionar as margens», conclui o analista.

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