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Famílias com menos crédito, mas deixam de pagar mais

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Malparado aumenta 7,4% no caso dos empréstimos à habitação e 17,4% no crédito ao consumo

A banca tem estado a apertar na concessão de crédito e o mês de julho não foi exceção. Os empréstimos concedidos às famílias voltaram a encolher, mas mesmo assim o crédito de cobrança duvidosa, mais conhecido por malparado, continuou a aumentar, superando os 15 mil milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Os empréstimos para compra de casa recuaram 2,4% em julho relativamente ao mesmo mês do ano passado. O crédito ao consumo caiu ainda mais: 7,1%.

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Desde agosto de 2011 que a variação homóloga (relativa ao mesmo mês do ano anterior) do crédito concedido aos particulares é negativa, nota a Lusa.

Os empréstimos tanto a particulares como a empresa encolheram em todos os distritos e regiões autónomas, com exceção de Lisboa, onde se registou um crescimento de 1,0% em relação ao ano passado e 3,4% em relação a julho de 2010.

No resto do país, houve quebras muito substanciais quase por todo o lado. A redução no crédito mais significativa ocorreu na Madeira: -24,8% face a julho do ano passado.

Menos empréstimos, mas mais incumprimento

Apesar de o crédito total concedido pela banca estar a cair, o de cobrança duvidosa cada vez é maior. O peso do malparado sobre o total dos empréstimos concedidos pela banca ultrapassou, pela primeira vez, os 6%.

O incumprimento está a aumentar sobretudo nas empresas, que têm já 10 mil milhões de créditos de cobrança duvidosa.

No caso das famílias, o malparado voltou a aumentar, depois de alguns meses a recuar. Totaliza agora 4,9 mil milhões de euros.

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No segmento de habitação (que representa mais de 80% do total do crédito a particulares), o malparado subiu 7,4%, sendo que entre todos os empréstimos para esta finalidade 2% são já de cobrança duvidosa.

No crédito ao consumo, aumentou mais, 17,4%. E, aqui, 11% dos empréstimos são já considerados de cobrança duvidosa, um novo máximo.

Ao mesmo tempo que os bancos reduzem o crédito concedido, aumenta o valor dos empréstimos por pagar. Estas duas tendências significam que o peso do malparado é cada vez maior.

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