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Gás: défice tarifário na Galp e EDP faz subir preços

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Desvio tarifário atinge já 100 milhões de euros que acabará por ser pago pelos clientes

A conta do gás natural que chega aos consumidores portugueses não está a reflectir todos os custos associados. EDP e Galp Energia reuniram um desvio tarifário de 100 milhões de euros que vai fazer elevar a conta do gás nos próximos três anos, avança esta quarta-feira o jornal «Diário Económico».

A Galp, por nexemplo, que está no capital da maioria das distribuidoras portuguesas de gás natural (Lisboagás, Setgás, Lusitaniagás, Beiragás e Tagusgás) admitiu nas suas contas dos primeiros seis meses deste ano um desvio de cerca de 15 milhões de euros, no que diz respeito a um bolo de 90 milhões de euros.

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No caso da EDP, que actua através da Portgás, ficou-se por três milhões de euros. O desvio tarifário atribuído à eléctrica é de dez milhões de euros.

A subida forte do barril de petróleo em 2008 - factor com peso significativo na formação do preço do gás natural -, unido à renegociação dos contratos de fornecimento de longo prazo da Galp com a Nigéria, concluída em 2009, acabou por impor esta factura. O resultado é um desvio de 90 milhões de euros que será recuperado em três anos: 30 milhões de euros por ano na tarifa de UGS, uma fatia que junta tudo o que tem a ver com o sistema nacional de gás natural.

A meta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) foi evitar uma subida radical das tarifas do gás natural e o respectivo impacto no bolso dos consumidores domésticos e na actividade das empresas. Fugindo à regra de recuperação de desvios, o Conselho Tarifário da ERSE decidiu por fazê-lo em três anos, com reflexos já nos preços de 2010/2011. Só não se sabe, pelo menos para já, qual o agravamento previsto e de que forma isso se irá reflectir no preço final cobrado aos consumidores.

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