O ministro das Finanças recusou esta segunda-feira qualquer intervenção do Governo na evolução dos salários no sector privado em Portugal, demarcando-se ainda mais da sugestão deixada pela troika, na sua recente passagem por Portugal.
«É uma área que n é compatível com intervenção directa do Governo e o Governo toma nota que o sector privado começou a ajustar muito antes que o público e que um esforço muito substancial de ajustamento no sector privado já teve lugar», afirmou.
PUB
Vítor Gaspar sublinhou, perante os deputados presentes na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças que «a evolução dos salários no sector privado é uma decisão descentralizada que envolve trabalhadores e empregadores».
«Se o Governo tem uma política assumida nessa matéria, é a de que deve ser reforçada a autonomia da negociação colectiva e que será bem-vindo que os acordos empresa ganhem um peso maior», de forma a que a capacidade de adaptação do sector privado às condições da economia possa ser reforçada.
Vítor Gaspar respondia às críticas da deputada Mariana Aiveca, para quem, ao cortar salários na função pública, o Governo «dá o mote para que aconteça o mesmo no sector privado».
PUB