Um dos fatores que preocupa as famílias portuguesas neste final de ano, especialmente com os aumentos de impostos prestes a entrar em vigor, são as despesas acrescidas a partir do início de 2013, com os aumentos de preços que costumam marcar a chegada de um novo ano. Mas nem tudo são más notícias: se tem crédito à habitação, saiba que a prestação não deve aumentar tão cedo.
As taxas de juro vão continuar baixas e, provavelmente, até baixar mais. A expetativa é que o Banco Central Europeu (BCE) baixe a taxa de juro de referência no início do ano que vem.
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As Euribor (taxas comerciais a que estão indexados os contratos de crédito à habitação em Portugal) costumam antecipar a tendência das taxas de referência, pelo que é provável que mantenham a tendência descendente nos próximos tempos. Assim, pode contar com a manutenção ou até com uma redução do valor mensal da sua prestação, se ela for revista em breve.
Se tem casa arrendada, as notícias são menos boas. Se o seu contrato é posterior a 1990, conte com aumentos na casa dos 3,4% (valor decorre da taxa de inflação já apurada pelo INE). Esta subida deverá afetar cerca de 700 mil famílias. De acordo com esta taxa, uma renda de 500 euros, por exemplo, vai subir 16,80 euros, para 517 euros (aplica-se a unidade monetária imediatamente acima).
Os reformados com contratos mais antigos (anteriores a 1967), cujas rendas não tenham sido atualizadas no Novo regime de Arrendamento Urbano (NRAU), e que têm por isso valores muito baixos, terão uma atualização maior, de cerca de 5%.
Os restantes inquilinos com contratos anteriores a 1990 sofrerão aumentos maiores. Mas a atualização terá limites, consoante o rendimento bruto do agregado familiar. Os novos valores das rendas têm taxas de esforço máximas para as famílias carenciadas: até 10% quando os rendimentos máximos são de 500 euros brutos, 17% para rendimentos entre 501 e 1.500 euros e 25% desde os 1.501 até aos 2.425 euros.
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