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Inflação pode aumentar no curto prazo mas BCE não deve subir juros

Instituição monetária acredita na estabilidade de preços a médio prazo, que é o mais importante

O Banco Central Europeu (BCE) admite que a inflação, eu rondou os 2,4% em Janeiro deste ano, pode subir ainda mais no curto prazo, alimentada pela escalada do petróleo e outras matérias-primas, nomeadamente as agrícolas. No entanto, a instituição acredita que será mantida uma estabilidade de preços a médio prazo, que é o horizonte temporal mais relevante para a tomada de decisões em termos de política monetária.

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Ou seja, ainda que o BCE não queira afastar a possibilidade de vir a aumentar a taxa de juro de referência nos próximos meses, parece pouco provável que o faça.

«Olhando para os próximos meses, as taxas de inflação podem subir, de forma temporária, ainda mais e é provável que fiquem ligeiramente acima de 2% durante a maior parte do ano de 2011, antes de se moderarem novamente à volta da mudança do ano», admitiu o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, na habitual conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Governadores, onde se deciciu deixar a taxa de juro inalterada em 1%.

«Continuamos a ver sinais de pressões de subida no curto prazo na inflação, sobretudo devido aos preços da energia e alimentação. Mas até agora isso não afectou a nossa opinião de que a evolução dos preços vai manter-se em linha com o objectivo da estabilidade de preços no médio prazo», disse.

O banco central acredita que as pressões inflacionistas «deverão permanecer contidas» e que «as expectativas de inflação continuam firmemente ancoradas, em linha com o nosso objectivo de manter a taxa de inflação abaixo de 2% no médio prazo».

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Com base nesta expectativa, o BCE continua a considerar que a actual política monetária é «acomodatícia».

«O que interessa não é a inflação imediata, mas sim a de médio prazo. A nossa definição de estabilidade de preços é de médio prazo, que é o horizonte temporal relevante para a política monetária», explicou.

«Estamos a seguir com extrema atenção as actuais tensões geopolíticas (no Egipto) e as suas possíveis repercussões. É nosso dever e estamos permanentemente alerta. Quanto ao impacto que pode ter na nossa meta primordial (estabilidade de preços) e na nossa política monetária, não posso para já dizer nada».

Mas admite: «É claro que existem mercados que não estão a funcionar normalmente e isso explica porque mantivemos as nossas medidas não convencionais».

A decisão desta quinta-feira, de manter a taxa de juro de referência para a Zona Euro estável em 1% «foi unânime».

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