Alimentação e medicamentos são os principais alvos de corte nos gastos das famílias portuguesas em crise, que continuam contudo a aguentar bens mais supérfluos, como telemóveis, televisão por cabo ou carros, tentando manter a aparência do mesmo estilo de vida, avança a Lusa.
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A associação de defesa do consumidor Deco foi contactada nos primeiros cinco meses do ano por 5.500 famílias em situação de sobreendividamento e refere que o supermercado e a farmácia são os que sofrem mais cortes no orçamento destes lares.
«Na alimentação começam a optar por alimentos de marca branca e deixam de comprar alguns produtos mais caros», explicou à Lusa a responsável da Deco pelo apoio ao sobreendividamento, Natália Nunes.
Confrontadas com menos dinheiro, as famílias cortam também nos medicamentos, deixando mesmo de adquirir remédios necessários e prescritos pelo médico.
«Nem substituem os medicamentos. Pura e simplesmente deixam de os comprar», frisa.
Portugueses querem manter o mesmo nível de vida
Já em serviços de telecomunicações e multimédia, as despesas tendem a manter-se. «Aparentemente, cortar na alimentação e nos medicamentos é mais fácil para as famílias, que tentam manter a mesma aparência de estilo de vida», indica Natália Nunes.
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Outro exemplo é a «grande resistência» em vender os automóveis: «Há quase sempre a tentativa de manter o mesmo tipo de vida».
As famílias que recorrem à Deco são geralmente compostas por um casal com um filho, com rendimentos líquidos mensais médios de 1.500 euros.
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A especialista aconselha as famílias a gerir melhor o dinheiro, assumindo uma postura crítica e activa para gastar menos, por exemplo, através da comparação e renegociação de valores com operadores de telecomunicações e serviços multimédia.
E o leitor, em que cortou as suas despesas quando a crise apertou? Também abdicou de gastos que considerava supérfluos? A crise mudou o seu estilo de vida? Deixe-nos o seu comentário!
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