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«Poupança é agora um bem escasso»

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Dados mais recentes divulgados por Bruxelas não são animadores. Portugal regista a terceira taxa de poupança nacional mais baixa da Europa

«A poupança foi o bem mais ignorado nos últimos anos. Nunca fez falta até hoje, mas agora é um bem escasso e vai ser essencial nos próximos anos». Esta é a opinião do presidente da Associação portuguesa dos Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), José Veiga Sarmento, expressa na apresentação do «Indicador de Poupança», que decorreu esta quinta-feira em Lisboa.

Quando o ideal era estarmos a aumentar a poupança, a verdade é que «desde meados de 2010 que a poupança das famílias tem vindo a descer», uma vez que o indicador se encontra agora nos 92,4 pontos, o que representa 7,3% do PIB. Note-se que no ano de 2000 (índice de base 100), a poupança das famílias representava 8% do PIB nacional.

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Segundo José Sarmento, «o objectivo deveria ser, numa primeira fase, atingir os 125 pontos», o que corresponde a uma média de 10%. E daí ir subindo até aos 150 pontos.

Apesar de o indicador estar a descer de forma menos acentuada que os valores mais recentes da poupança registada pelas contas nacionais trimestrais, «esta descida é muito significativa em termos históricos».

Poupança: «estamos numa situação perigosa»

Os tempos são de crise e todos os indicadores são importantes com vista a melhorar o estado da economia nacional. A APFIPP em parceria com a Universidade Católica anunciou esta quinta-feira que vai passar a disponibilizar um «Indicador de Poupança», visto que nesta matéria estamos «numa situação perigosa».

O objectivo deste novo indicador, que passa a ser divulgado mensalmente, é o de procurar promover «uma maior consciencialização das pessoas para a necessidade do aforro e, ao mesmo tempo, potenciar a actuação, por parte dos diversos intervenientes, para a implementação de medidas que resultem num aumento da poupança.

José Veiga Sarmento acredita que esta iniciativa «é um contributo nosso para melhorar a visibilidade pública de uma variável económica que assume, nestes tempos, uma dimensão absolutamente fundamental».

E a verdade é que os dados mais recentes divulgados por Bruxelas não são animadores. Portugal regista a terceira taxa de poupança nacional mais baixa da Europa e, a poupança das famílias, encontra-se abaixo da média da União Europeia.

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