Substituir alguns livros escolares por conteúdos multimédia. Esta é a proposta da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP). «Desta forma as despesas com o regresso às aulas seriam reduzidas drasticamente», defende Albino Almeida, o presidente da associação.
Mas esta não seria a única medida. «Os conteúdos multimédia seriam apenas um complemento, pois os manuais não podem desaparecer», explica o responsável à Agência Financeira.
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Para o porta-voz dos pais isto não significaria o desaparecimento dos manuais mas uma substituição parcial. «Alguns manuais como o da disciplina de Música não são obrigatórios, mas os alunos acabam por os comprar porque têm de estudar por algum lado». Albino Almeida disse ainda que a redução do número dos manuais escolares reduz o peso «verdadeiramente brutal» de algumas mochilas.
Ao mesmo tempo, a CONFAP quer a «distribuição gratuita dos livros escolares», à semelhança, por exemplo, do que acontece em Inglaterra.
Apoios sociais cada vez mais necessários
Só em 2008, 750 mil agregados familiares foram abrangidos pela acção social escolar do Ministério da Educação, de acordo com Albino Almeida.
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Uma iniciativa que comerciantes e lojistas já ressentem. «Antes as pessoas pagavam os livros a prestações, agora, com o apoio social, muitas famílias pagam apenas uma parcela do preço total da factura», disse à Agência Financeira uma lojista.
A apoiar as famílias estão ainda as autarquias, como as de Gaia, Óbidos ou Vila Nova de Gaia, que facultam aos alunos apoios na compra de material escolar, uma iniciativa que Albino Almeida aplaude.
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