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Redução da TSU é «erro técnico e político»

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Campos e Cunha diz que principal problema das empresas não são custos do trabalho, mas sim financiamento

A redução da Taxa Social Única é um erro grave, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista político, na opinião do antigo ministro das Finanças Luís Campos e Cunha.

O principal problema das empresas, neste momento, não são os custos do trabalho, mas antes «o financiamento, principalmente no domínio das empresas exportadoras», sublinhou o também presidente da SEDES, à margem do fórum da Plataforma Activa da Sociedade Civil, a decorrer na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

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Estas declarações surgem depois de o primeiro-ministro ter admitido ontem a possibilidade de o Governo deixar de cobrar a TSU às empresas que criem emprego.

Campos e Cunha considera ainda que o problema «fundamental» da economia portuguesa é o da estabilização orçamental e a sua solução passa exatamente por aí. «Sem estabilização orçamental, o financiamento à economia não funciona de forma regular e, portanto, esse é o nosso problema fundamental».

«Por isso vejo muito mal que se esteja a sacrificar alguns objetivos do ponto de vista orçamental para reduzir a TSU», uma ideia sugerida em tempos por Manuela Ferreira Leite. «Numa altura em que a taxa máxima do IVA estava a 17% e não a 23%, como agora».

Mais vale aumentar tempo de trabalho

O antigo ministro das Finanças tem vindo a defender formas alternativas de apoiar as empresas no domínio da matéria salarial e uma delas é negociar com os sindicatos um aumento temporário do horário de trabalho.

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«Digamos meia hora por dia. Ninguém fica especialmente prejudicado se trabalhar mais meia hora por dia. Isso pode reduzir os custos salariais para as empresas e não temos complicações dramáticas do ponto de vista orçamental».

Olhando para a sugestão do primeiro-ministro, o presidente da Associação Comercial do Porto vai mais longe: para além de reduzir a TSU para as empresas geradoras de emprego, a benesse poderia estender-se «às empresas que substituíssem contratos provisórios de trabalho por contratos definitivos».

Já João Salgueiro pediu «ponderação» na redução da Taxa Social Única, e no aumento do IVA como compensação: «Não se pode pagar a redução de custos de trabalho com o aumento ainda maior do custo do consumo».

[Notícia actualizada às 16h15 com mais declarações e vídeo]

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