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Sindicatos: medidas são «inaceitáveis e injustas»

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CGTP e SINTAP estão indignadas e alertam para inevitável contestação laboral. STE diz que medidas são «muito penalizadoras»

Cortar os subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos em 2012 é «inaceitável» e «injusto». Os sindicatos estão indignados e alertam para uma inevitável contestação laboral.

«Esta medida é completamente incompreensível e inaceitável», disse à agência Lusa o dirigente do O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP),José Abraão, acusando o primeiro ministro de não ter enumerado uma só medida para promover o crescimento económico.

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«Mais uma vez o sacrifício vai para os funcionários públicos e isto vai levar certamente à contestação, à demontração da indignação pois o Governo parece não conhecer mais ninguém», disse José Abraão, acusando o executivo de «não impor sacrifícios às grandes fortunas».

Segundo o sindicalista, o SINTAP (UGT) irá aproveitar a reunião negocial desta sexta-feira para manifestar ao Governo o repúdio pelas novas medidas de austeridade para a função pública.

CGTP: «Mais pobreza e injustiças»

A CGTP, por sua vez, não tem dúvidas de que as novas medidas de austeridade vão aumentar as injustiças sociais e a recessão económica. O secretário-geral da intersindical exortou os portugueses a protestarem.

«O conjunto de medidas anunciadas pelo primeiro-ministro vai provocar o aumento do empobrecimento e das injustiças e da recessão económica», afirmou Carvalho da Silva, defendendo a necessidade de um movimento crescente de contestação geral sob pena de «um retrocesso muito perigoso do país».

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O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo decidiu não descer a Taxa Social Única (TSU) e, em alternativa, permitir que o horário de trabalho no sector privado seja aumentado em meia hora por dia nos próximos dois anos, assim como o ajustamento do calendário dos feriados.

Para Carvalho da Silva, esta medida é um exemplo de que «a concertação social é uma vergonhosa encenação».

«Os horários de trabalho não podem ser alterados assim. Têm de ser negociados entre os sindicatos e os patrões, cada setor e cada empresa é um caso e em muitos casos o aumento do horário só vai criar mais desemprego».

O líder da CGTP exortou, por isso, os portugueses a mobilizarem-se contra as medidas de austeridade que têm sido impostas e considerou que a manifestação marcada para sábado pela chamada «geração à rasca» é uma boa oportunidade para a mobilização de todos. «O que está em curso exige a mobilização de todos porque os problemas são de todos».

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Na conferência de imprensa que convocou para esta manhã para tomar posição sobre as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2012, Carvalho da Silva disse que «greve geral é uma expressão que um sindicalista só deve usar no momento em que a anuncia com a confirmação das condições para que ela tenha êxito».

«Os problemas do país são mesmo graves, é preciso uma resposta a estes problemas e não há resposta sem a participação activa e sem a luta do povo».

Medidas são «muito penalizadoras»

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado entende que as novas medidas são «muito penalizadoras para a generalidade dos portugueses e especial para os trabalhadores da administração pública e das empresas públicas»e justificam qualquer resposta das organizações sindicais.

Elas «não tiveram uma justificação equivalente à gravidade das mesmas. Trata-se de medidas que foram anunciadas a meio de um processo negocial anual onde nada disto foi posto em cima da mesa», lamentou à Lusa o presidente do STE, Bettencourt Picanço, que espera que «as organizações sindicais tenham a capacidade de se entender para dar a resposta que estas medidas exigem».

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