A Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE) condenou esta quinta-feira a prática de fuga ao fisco por parte de algumas empresas de trabalho temporário e defendeu a sua erradicação do mercado.
«A APESPE defende as empresas estruturadas e a livre e saudável concorrência, que não se compagina com as práticas operacionais destas empresas, por isso defendemos que é muito importante para as empresas que cumprem as suas obrigações que as outras sejam erradicadas do mercado», disse à agência Lusa o presidente da APESPE, Marcelino Pena Costa.
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O Ministério das Finanças revelou terça-feira que as autoridades competentes fizeram buscas em diversas empresas de trabalho temporário no âmbito da operação «ET- Evasão Temporária» por suspeita de fraude fiscal no valor de 15 milhões euros, através da falsificação das declarações periódicas de IVA.
Para o Presidente da APESPE este tipo de comportamento integra uma prática de concorrência desleal.
Pena Costa assegurou que a empresa de que se tem falado, a New Time, não é associada na APESPE e disse que pediu a todas as empresas de trabalho temporário que integram a associação (um total de 50) informação sobre eventuais investigações fiscais, mas todas garantiram que não tinham vistoriadas pelas autoridades.
O dirigente da APESPE manifestou ainda surpresa por empresas com contabilidade organizada conseguirem fugir ao fisco, neste caso ao IVA.
«Isto só seria possível com uma contabilidade paralela, o que implicaria também fuga às contribuições para a Segurança Social».
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