Marcas como Mercadona, Inditex (dona da Zara), Ikea ou Carrefour anunciaram já que vão absorver, sem o passar ao cliente, o aumento do IVA que entra em vigor em Espanha a partir de 1 de setembro.
Em causa está o aumento da taxa máxima, de 18 para 21 por cento, e da taxa intermédia, que cresce de 8 para 10 por cento, com vários produtos a passarem da taxa reduzida (quatro por cento) ou intermédia, para a taxa máxima.
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Uma das primeiras marcas a anunciar a sua intenção de absorver o aumento do IVA foi a Inditex, seguindo-se várias marcas espanholas e estrangeiras que pretendem evitar que o aumento do imposto afete a campanha depois do verão.
Os maiores receios prendem-se especialmente com as alterações, na véspera da abertura do ano escolar, no IVA aplicado ao material escolar, que passa de 4,0 para 21 por cento, ainda que livros (e jornais e revistas) se mantenham com a taxa «super-reduzida», como é conhecida em Espanha, escreve a Lusa.
Outra das áreas afetadas pela mudança é o setor da hotelaria e restauração, que passará a aplicar a nova taxa de 10 por cento (antes era de 8 por cento), com aumentos para 21 por cento em salas de espetáculos, por exemplo.
Da taxa reduzida para a máxima (21%) passam vários produtos, como flores e plantas ornamentais, serviços de cabeleireiro, de estética e de beleza.
Também os serviços prestados na área do desporto e educação física passam para a taxa máxima.
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Na área da cultura passam a estar sujeitos a 21 por cento de IVA os serviços prestados por intérpretes, artistas, diretores e técnicos, produtores de cinema e os organizadores de obras teatrais e musicais.
Isentos de impostos permanecem, porém, os serviços de artistas plásticos, escritores, colaboradores literários, gráficos e fotojornalistas ou compositores musicais.
Para a taxa de 21 por cento passam ainda os serviços de assistência sanitária, dental e curas termais, a cirurgia estética, tratamentos de emagrecimentos e massagens, além dos serviços veterinários.
Outra das alterações ocorre no imposto aplicado na compra de casa, com o BOE a detalhar que em operações realizadas até 31 de dezembro deste ano se continua a aplicar a taxa «super-reduzida» de 4,0 por cento, que aumentará para 10 por cento a 1 de janeiro de 2013.
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