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Juros recorde: mercados nervosos exigem resposta rápida da Europa

Taxa de juro exigida pelos investidores para comprarem dívida portuguesa atinge novo máximo histórico

Os «nervosismos no mercado», espelhados na subida da taxa de juro para os títulos da dívida portuguesa a 10 anos, que esta quinta-feira atingiu os 7,63%, o valor mais alto de sempre, evidenciam a urgência de os países da Zona Euro acordarem uma «resposta abrangente» à crise da dívida soberana.

A opinião é da Comissão Europeia que, em declarações à Lusa, explicou que, embora não tenha hábito de comentar «os desenvolvimentos no mercado a curto prazo», admitiu que apesar de Portugal estar a «tomar medidas importantes, subsistem nervosismos nos mercados».

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«Isto evidencia a importância que tem a Zona Euro tomar decisões rapidamente sobre uma resposta abrangente à crise da dívida», disse o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Financeiros, Amadeo Altafaj.

Os chefes de Estado e do Governo dos 17 países da Zona Euro vão estar reunidos dia 11 de Março, numa cimeira extraordinária, para discutir um conjunto de medidas para combater a crise da dívida soberana que serão adoptadas no Conselho Europeu de 24 e 25 de Março.

Alemanha segue de perto, mas não comenta

Já questionado sobre estas subidas dos juros da dívida nacional, o governo alemão não quis comentar.

«Por regra não comentamos a evolução dos juros das dívidas públicas nem a evolução dos mercados de capitais que dizem respeito a outros países», disse à Lusa um porta-voz do executivo germânico, em Berlim.

Mas já em meados de Janeiro, durante uma visita ao Chipre, a chanceler Angela Merkel garantiu que Berlim estava a «acompanhar de perto a situação de Portugal».

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Espanha reflecte preocupação

A reflectir a preocupação em torno da dívida de Portugal está hoje a imprensa espanhola, notando um paralelo aumento no risco da dívida espanhola e de outros países periféricos.

O jornal «Expansion» refere que estas taxas de juro recorde fazem «reaparecer a sombra de um resgate a Portugal».

O jornal relembra que taxas de juro de 7%, já ultrapassadas em Portugal, foram prelúdio dos resgates na Irlanda e Grécia.

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