Portugal já emitiu 36% da dívida soberana de médio e longo prazo prevista para este ano, disse o presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), Alberto Soares, à Bloomberg.
No entanto, as grandes provas exigidas a Portugal ainda estão para vir: o Estado terá de pagar cerca de nove mil milhões de euros pelo resgate de títulos de dívida pública que vencem em Abril e Junho. Depois, só haverá lugar a pagamentos em Junho de 2012, revelou Alberto Soares, num documento citado pela Lusa.
PUB
Abril e Junho são os meses das duas maiores operações de colocação de dívida de 2011: Portugal terá de emitir dívida no valor de 4,3 mil milhões em Abril e 4,9 mil milhões de euros em Junho para pagar a dívida que vence nessa altura.
Momentos decisivos que, para os analistas do Nomura Holdings Inc., obrigarão Portugal a recorrer a financiamento externo.
Dois responsáveis europeus admitiram, na semana passada, que Portugal pode precisar de uma ajuda de 70 mil milhões de euros, enquanto o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, continua a dizer que o país quer continuar a financiar-se no mercado.
Alberto Soares não disse quanto dinheiro Portugal tem disponível, adiantando que o IGCP não revela normalmente este tipo de informação.
O último leilão de dívida pública, que se realizou a 16 de Março, permitiu angariar mil milhões de euros em títulos a um ano.
Cerca de 75 por cento da dívida portuguesa é detida por investidores estrangeiros, disse Alberto Soares.
PUB