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Grécia paga 13 mil milhões em juros e terá de recorrer ao FMI

Juros das obrigações gregas estão a aumentar. Já a procura abranda

A Grécia poderá recorrer mesmo à ajuda de último recurso do FMI para enfrentar a profunda crise orçamental onde se encontra, escreve esta quarta-feira a Bloomberg, citando o especialista de renda-fixa da Evolution Securities, Gary Jenkins. Só as taxas de retorno das obrigações gregas vão custar ao país 13 mil milhões de euros.

Os juros dos títulos da dívida pública a sete anos, emitidos pela Grécia há dois dias para se refinanciar, estão a subir de 6% para 6,44%, em comparação com a dívida alemã, considerada a mais segura da Europa.

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A procura destas obrigações situa-se nos 6 mil milhões de euros. Um valor muito abaixo dos 25 mil milhões de euros atingidos em Janeiro, quando a Grécia emitiu títulos da dívida a cinco anos.

Com estas más notícias para o governo de Georgios Papandreou, a Grécia vai ter de pagar mais 13 mil milhões de euros só em juros, face à situação vivida antes da crise.

Investidores exigem prémio maior para comprar dívida grega

No total, as três emissões que Atenas já realizou este ano vão custar 7,7 mil milhões de euros a mais durante o período de vida dos títulos. Já entre 2000 e 20008, este custo de financiamento, em comparação com a dívida alemã, era de 3,8 mil milhões de euros.

A Grécia vai, ainda, pagar 18,9 mil milhões de euros em juros nas emissões deste ano. Um valor muito superior aos 9,4 mil milhões de euros que incorreria caso a crise não tivesse incorrido, de acordo com os cálculos da Bloomberg, referentes a dados do Crédit Agricole.

«O FMI não vai poder fazer muito mais. Não pode obrigar os gregos a fazer mais do que já estão a fazer para salvar as suas contas públicas», disse Gary Jenkins à Bloomberg, acrescentando: «Tem havido muito retórica em torno da Grécia. A verdade é que a procura está a cair e um dia vai mesmo parar».

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