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Deco: sobreendividamento continua a subir

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Pedidos de ajuda para fazer face às dívidas acumuladas continuam a aumentar na Deco

Os processos de sobreendividamento e os pedidos de ajuda para fazer face às dívidas acumuladas continuam a aumentar na Deco, alerta a responsável por este apoio, afirmando que as pessoas ainda não se aperceberam da real gravidade da situação.

«Os pedidos de ajuda estão a aumentar significativamente. Há mais processos abertos mas também mais pessoas que nos contactam a pedir ajuda. Ainda não temos o número global de processos entrados em Abril, mas do que conhecemos é garantido que já ultrapassaram grandemente os do ano passado», disse à Lusa Natália Nunes, coordenadora do gabinete de apoio ao sobreendividamento (GAS).

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Na opinião desta especialista, as pessoas ainda não se terão apercebido da gravidade da situação e da necessidade de serem cada vez mais responsáveis com dinheiro.

«Vemos que continuam sem fazer o orçamento familiar, sem saber onde estão e como estão a gastar o seu dinheiro», relata.

Natália Nunes alerta que com as taxas Euribor a subir, os preços a aumentar, o desemprego alto e os cortes salariais, o mais provável é que o sobreendividamento aumente face ao ano anterior.

«As pessoas têm que ser mais responsáveis e a melhor forma é fazer um orçamento familiar. Existe uma grande falta de literacia financeira, o que leva as famílias a tomar decisões erradas e a não gerir bem o seu dinheiro», considera.

Ter em conta taxa de esforço é importante

O principal problema é que estas pessoas recorrem a créditos sem terem em conta a sua taxa de esforço, ou seja sem saberem a implicação que vai ter no orçamento.

«Têm uma noção dos seus gastos, mas da noção até à prática vai uma grande distância. Já têm prestações de créditos para casa e para carro e estas são a somar a outras, sendo que para a habitação é uma taxa variável», acrescenta.

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Esta é, aliás, uma realidade que se começa a sentir, uma vez que já há pessoas a pedir ajuda por estar a subir a Euribor e, consequentemente, o crédito à habitação.

Segundo dados da Deco, cerca de 46 por cento das famílias têm entre um e três créditos, 35 por cento entre quatro e sete créditos, 13 por cento entre oito e dez créditos e ainda há 5,5 por cento de famílias com mais de dez créditos.

A principal causa das dificuldades destas famílias é o desemprego (29,8 por cento), seguida de doença (16,5 por cento).

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