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O ano das medidas de austeridade para evitar FMI

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Economistas preferem que país não recorra ao apoio internacional. «Mas se houver necessidade não é catástrofe», dizem

Cortes nos salários, pensões congeladas e aumentos de impostos, como o IRS e IVA, é apenas parte da austeridade que se sentirá em 2011, que pretende, entre outros, afastar o fantasma de uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Uma intervenção do FMI tem sido motivo de amplo debate, mas o economista da Universidade do Porto João Loureiro, em declarações à Lusa, desdramatiza: «Preferia que não chegássemos ao ponto de ter de recorrer a apoio financeiro internacional. Mas se houver essa necessidade, não vejo nisso uma catástrofe».

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«Cavaco: se FMI vier, Governo falhou»

João César das Neves, da Universidade Católica, diz que o desejável é «austeridade a sério» e para isso «não é preciso o FMI» mas sim «seriedade e responsabilidade». Neste caso, «se o Governo não tem, o FMI dá».

Se essa intervenção externa pode vir a acontecer, a principal determinante apontada é a mesma: o comportamento dos mercados financeiros. «Estará muito dependente do comportamento dos mercados financeiros no futuro próximo», diz João Loureiro, que sublinha a imprevisibilidades dos mercados.

«Ainda se está para ver. A pressão decisiva virá dos mercados e dos parceiros europeus», diz César das Neves, considerando que «o Governo ainda não assumiu a necessidade de correcção a sério e pouco está a conseguir», o que «apenas adia essa solução, que será mais dolorosa».

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Os juros exigidos pelos investidores nos mercados internacionais pela dívida soberana portuguesa bateram máximos históricos em 2010, apesar de todas as medidas tomadas tanto a nível nacional, como europeu.

A factura dos juros estimada pelo Governo para 2011 é de 6,3 mil milhões de euros, sendo que grande parte desse efeito nos títulos com maior peso (Obrigações do Tesouro a 5 e 10 anos) emitidos nesta conjuntura de mercado só se fará sentir anos mais tarde.

Recorde-se que o último pacote de medidas destinado a retirar alguma desta pressão, para promover a competitividade e exportações, foi aprovado já este mês.

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