A perda da maioria absoluta pelo governo de coligação vai tornar difícil Portugal implementar mais reformas estruturais, segundo a agência de notação financeira Moody's, que alerta para o moderado crescimento da economia portuguesa.
"Enquanto que a re-eleição do Governo se espera assegure um foco contínuo no processo de consolidação orçamental, a perda da anterior maioria absoluta provavelmente complicará a implementação de mais reformas estruturais"
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O Programa de Estabilidade apresentado em Abril prevê que Portugal reduza o défice público para 1,8% do PIB em 2016, contra o objetivo de 2,7% do PIB em 2015.
O défice público português relativo a 2014 foi recentemente revisto em alta para 7,2% do PIB, dado ter sido penalizado pela injeção de 4.900 milhões de euros de fundos públicos na capitalização do Novo Banco.
A Moody's destaca que o Governo tem sido materialmente bem sucedido na redução do défice orçamental, pois conseguiu cortá-lo do 'pico' de 11,2% do PIB em 2010 para um défice subjacente 4,4% em 2014.
"Acreditamos que a recuperação cíclica da economia portuguesa não será ser suficientemente forte para que se atinja a meta de 2016 e esperamos um défice mais elevado de 2,8% do PIB, como resultado"
"Tal reforma seria uma medida positiva e significativa, pelo seu impacto orçamental e também como uma indicação de que as autoridades portuguesas continuariam comprometidas com reformas estruturais e melhorias orçamentais permanentes"
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