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Empreendedorismo: esta Horta é uma agência de criatividade

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Conheça a frescura de um negócio criado por três jovens amigos, que quiseram «plantar» o seu próprio destino profissional

Três amigos, três áreas profissionais. A mesma empreendedorismo-mania. Quiseram plantar o seu próprio destino e criaram a Horta, uma agência de criatividade ligada à comunicação, marketing, design «e outras hortaliças».

Estão em Aveiro, um mercado que, tinham a certeza, «podia ser explorado», pela análise que fizeram da concorrência.

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Diana da Silva Antão, 25 anos, tirou o curso de jornalismo e estava desempregada. João Costa, do marketing, ainda está a estudar, mas já trabalhou. Hugo Magalhães, designer, está a frequentar o mestrado, em Barcelona.

Já tinham alguns clientes. O próximo passo foi registar a empresa e abrir uma loja. Capital inicial: 4.000 €. As obras estão praticamente concluídas.

Olho para o negócio: poucos encargos

Têm um acordo de parceria que lhes permite não pagar renda. «O dono da loja tem um negócio de turismo rural e tinha interesse em promovê-lo. Nós tínhamos interesse na loja. Prestamos-lhe serviços no valor da renda».

Têm a noção de que, na fase inicial de qualquer negócio, «quanto menos riscos, melhor». Esta parceria reduziu o risco de investimento e não os compromete com um contrato de longa duração.

Depois, tanto a decoração da loja como o equipamento «ou veio de casa, ou é reciclado». O nome, Horta, espelha bem este conceito: «O primeiro nome começou por ser Lavoura. Puxar pelo regresso à terra. Quando arranjamos produtos da horta, com maior qualidade, podemos controlar o processo, e de forma possivelmente mais barata», explicou Diana à tvi24.pt.

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Ora era precisamente essa a ideia destes três jovens. «Criar produtos com qualidade, mais acessíveis em termos de preço. Uma relação próxima com o cliente. E com frescura».

Querem ser «mais ousados no tipo de comunicação e design em comparação com o que há em Aveiro», acrescenta João.

O balanço é positivo. Já tinham clientes de antes e acabaram de fechar quatro trabalhos. «Já estão prontos e vamos continuar a colaborar com essas empresas».

A Horta está a crescer

Diana mudou de vida e não se arrepende. «Emprego em jornalismo? O que é que sobra? Despedimentos? Ou sais da tua área, ou emigras, ou crias um negócio próprio e ajudas os outros».

A Horta já está a ajudar. «Temos já um vasto número de clientes. Sentimos que já não temos muitas mãos a medir. Já temos de contratar outras pessoas para nos ajudar». São jovens, criaram o seu próprio emprego e já estão a criar outros. Inicialmente eram três, agora já são seis.

Como o meio onde trabalham é pequeno, quiseram tirar proveito disso. «O escritório funciona quase como uma loja, tem bastante exposição, está bem no centro da cidade, chama a atenção. É bastante aberto e convidativo. É importante que as pessoas possam ver-nos a produzir e trabalhar. Isso cria proximidade».

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Estão ali, no meio do comércio tradicional, que «precisa urgentemente de ajuda» para sobreviver. E esta agência de criatividade acredita que pode ajudá-los. Em Aveiro, existem «parcerias inter-ajudas entre empresários. Há estabelecimentos comerciais que precisam de renovar a sua comunicação e outros podem refrescar o seu negócio». É mais fácil que o boca-a-boca seja um meio de divulgação e de referência entre clientes que os contactam.

« Dizem que esta é uma péssima altura para investir. Nós sentimos que era melhor altura. Quisemos arriscar. Já temos tão pouco a perder. Não há melhor do que ver satisfação dos clientes no final da entrega do trabalho». E, no fim de contas, gerir o próprio negócio «dá outra adrenalina».

Já têm um trabalho para fora, Coimbra. Ambicionam ir mais longe. «O negócio é claramente para gerar lucro, mas, enquanto jovens, se é verdade que podíamos estar a estagiar, criámos o nosso próprio negócio e temos um posicionamento individual muito superior aos concorrentes da nossa idade. Ser empreendedor é uma mais-valia». Disso, não têm dúvidas.

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