A taxa mundial de desemprego jovem deverá aumentar cinco décimas nos próximos cinco anos, passando dos 12,3% previstos para este ano, para os 12,8% em 2018, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Globalmente, entre 2012 e 2018, o número de jovens desempregados vai aumentar em mais de dois milhões, equivalente a uma subida de 25%.
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«Em 2018, a taxa de desemprego dos jovens deverá atingir 12,8%, com disparidades regionais crescentes», refere o estudo.
Para 2013, a OIT estima quase 73,4 milhões de jovens desempregados, mais 3,5 milhões que em 2007 e mais 0,8 milhões desde 2011.
Desconfiança e descontentamento crescentes
A organização calcula que até dois terços da população jovem está «subutilizada», quer seja por estar desempregada, quer seja por estar em empregos irregulares ou fora do mercado de trabalho nalguns países desenvolvidos.
A OIT identifica também um crescente desfasamento entre as habilitações e formação dos jovens, que são cada vez melhores, e os postos de trabalho disponíveis.
Os economistas preveem que as economias avançadas venham a registar melhorias que serão compensadas por uma degradação da situação noutras regiões, principalmente na Ásia.
«Um dos elementos mais assustadores é a desconfiança das atuais jovens gerações em relação aos sistemas políticos e sócio-económicos», afirma a OIT.
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«Uma parte desta desconfiança exprimiu-se através de manifestações, como as dos movimentos anti-austeridade na Grécia ou em Espanha», onde os jovens desempregados representam mais de metade dos jovens em vida ativa, explica a OIT.
Desemprego jovem subiu quase 25% nas economias desenvolvidas e UE
De uma forma geral, a OIT mostra-se particularmente inquieta quanto à situação atual em três regiões (as economias desenvolvidas e a União europeia, o Médio Oriente e o norte de África) onde o desemprego dos jovens disparou desde 2008.
Nas economias desenvolvidas e na União Europeia (UE), o desemprego jovem aumentou 24,9% entre 2008 e 2012.
A taxa de desemprego jovem na UE atingiu 18,1% em 2012 e não deverá ultrapassar 16% em 2018, segundo a OIT.
A médio prazo, a taxa de desemprego dos jovens deverá sofrer uma nova pressão quando aqueles que continuam a estudar chegarem ao mercado de trabalho por não terem saídas profissionais.
A taxa de desemprego dos jovens deverá atingir 30% no Médio Oriente em 2018 (contra 28,3% em 2012) e 23,9% no Norte de África (contra 23,7% em 2012).
Na Ásia, a situação é nitidamente mais favorável atualmente, mas deve degradar-se a médio prazo, registando-se em 2018 taxas de desemprego de 10,5% na Ásia Oriental (contra 9,5% em 2012), de 14,3% no sudoeste Asiático e Pacífico (contra 13,1% em 2012) e de 9,8% no Sul da Ásia (contra 9,3% em 2012).
Na América Latina e Caraíbas, a taxa de desemprego jovem deverá aumentar de 12,9% em 2012 para 13,6% em 2018.
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