O mercado de trabalho em Portugal foi um dos mais atingidos pela crise. A conclusão é da Comissão Europeia, no seu relatório «Emprego na Europa 2010» divulgado esta quinta-feira em Bruxelas.
O documento refere que Portugal foi um dos Estados-membros em que a queda do emprego foi mais acentuada, sobretudo entre os jovens (com idades entre 15 e 24 anos).
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Se na União Europeia a quebra no emprego foi de 11,4 por cento desde o início da crise, com a proliferação de trabalhos temporários, em Portugal a taxa de desemprego entre os jovens atingiu os 20% em 2009.
Na mesma situação estão a Dinamarca, Irlanda e, sobretudo, Espanha.
No geral, os dados do relatório revelam que, em Portugal, a taxa de desemprego foi subindo desde o início da crise, atingindo os 10,8 por cento em Julho passado, contra 9,6 por cento em 2009 e 7,7 por cento em 2008.
Bruxelas justifica esta situação com a falta de flexibilidade laboral nestes países.
O documento revela, ainda, que «a queda do emprego na União Europeia foi muito mais moderada que a queda na actividade económica», ao mesmo tempo que o impacto da crise foi maior nos trabalhadores com poucas habilitações.
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