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Metade dos emigrantes gostava de voltar e dedicar-se ao turismo

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Estudo desenvolvido por uma investigadora da Universidade de Aveiro

Cerca de metade dos emigrantes portugueses em idade ativa gostaria de regressar a Portugal para desenvolver projetos de turismo nas suas regiões natais, de acordo com um estudo desenvolvido por uma investigadora da Universidade de Aveiro (UA).

O estudo, a que a agência Lusa teve acesso, faz parte da tese de doutoramento da investigadora Rossana Neves dos Santos sobre «O regresso dos emigrantes portugueses e o desenvolvimento do turismo em Portugal», que foi defendida no passado mês de fevereiro.

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O trabalho resultou de um inquérito realizado entre julho e outubro de 2012, junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, que contou com um total de 5157 respostas, sendo que a faixa etária mais representada é a dos 18 aos 39 anos (54,4%).

Segundo a investigadora, cerca de metade dos emigrantes em idade ativa (49%) que foram inquiridos afirmou que gostaria de regressar a Portugal e fixar-se no local de origem e 29,4% mencionam também que é uma possibilidade, enquanto apenas 13% negam esse cenário.

«Os fatores mais importantes para que aqueles emigrantes tomem a decisão de regressar a Portugal são, sobretudo, poderem-no fazer com os filhos, terem um estilo de vida rural e exercerem uma atividade remunerada, por conta própria, no setor do turismo», adiantou Rossana Neves dos Santos.

A área da hotelaria e outros serviços de alojamento surge no topo das preferências, seguida da restauração e serviços recreativos e outros serviços de lazer.

A investigadora, que faz parte da unidade de investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas da UA, defende ainda que o emigrante em idade ativa e com residência numa área rural (mais carenciada) em Portugal é aquele com "maior propensão para o regresso, investimento e emprego no setor do turismo".

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Para além disso, a investigadora constatou que algumas das residências dos emigrantes, nomeadamente entre as que foram construídas de raiz a partir da década de 60, apresentam-se com «forte potencial» para virem a ser consideradas como património cultural em Portugal.

O projeto de doutoramento teve a colaboração de vários órgãos de comunicação social nacionais, regionais e dirigidos às comunidades portuguesas no estrangeiro, de alguns artistas de música portuguesa, tais como o Tony Carreira, Camané e Ana Moura, entre outros, e ainda de alguns órgãos oficiais ligados à emigração como consulados, embaixadas e o Observatório da Emigração.

Uma exposição mais detalhada com todos os resultados da investigação estará disponível num livro sobre «Turismo e Emigração», a ser publicado durante este ano, como acrescenta a Lusa.

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