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Governo lança concursos para pesquisa de petróleo no Porto e Algarve

Concursos estão a ser preparados e deverão ser lançados no final do ano ou início de 2016, devendo ter uma fase de pré-qualificação, sendo depois a decisão tomada com base na melhor oferta

De acordo com os números da entidade supervisora, foram investidos 264 milhões de dólares (cerca de 236 milhões de euros) entre 2007 e 2013 em atividades de prospeção e pesquisa de petróleo, tendo a maioria do investimento sido realizado na bacia Lusitânica (102 milhões de dólares). Por sua vez, o consórcio liderado pela petrolífera italiana ENI vai avançar em 2016 com a prospeção de petróleo na costa alentejana, com um furo em alto-mar, a cerca de 80 quilómetros de Sines, o primeiro em águas profundas. A petrolífera italiana lidera desde dezembro um consórcio com a Galp (70%/30%), que detém três concessões na costa alentejana, denominadas Lavagante, Santola e Gamba, que abrangem uma área total de aproximadamente 9.100 quilómetros quadrados.

A Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) está a preparar a abertura de dois concursos internacionais para concessões de pesquisa e prospeção de petróleo no Porto e no Algarve.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da ENMC, Paulo Carmona, explicou que os concursos estão a ser preparados e deverão ser lançados no final do ano ou no início de 2016, devendo ter uma fase de pré-qualificação, sendo depois a decisão tomada com base na melhor oferta.

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Paulo Carmona reconheceu que o momento do mercado petrolífero não é o melhor, mas adiantou que já houve um operador estrangeiro que manifestou interesse em avançar com pesquisa em águas profundas no Algarve.

Ao mesmo tempo, será lançado o concurso para seis concessões em águas profundas e pouco profundas na região do Porto, sobre as quais existem muitos dados disponíveis.

Mais de 236 milhões de euros foram investidos na pesquisa de petróleo em Portugal entre 2007 e 2013, tendo a atividade de prospeção vindo a intensificar-se nos últimos anos, de acordo com a ENMC.

"Temos tido um contínuo investimento na pesquisa de petróleo em Portugal, com novas aquisições sísmicas 3D. Com as pesquisas existentes e previstas a probabilidade de pesquisa com viabilidade económica aumenta", afirmou José Miguel Martins.

Em termos de investimento, seguiu-se a bacia de Peniche (77 milhões de dólares), bacia do Alentejo (63 milhões de dólares) e Algarve (22 milhões de dólares).  

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Consórcio ENI/Galp avança com perfuração na costa alentejana em 2016

"No próximo ano vamos perfurar um poço na concessão chamada Santola, a 80 quilómetros do porto de Sines, que é uma estrutura muito importante que poderia fornecer um bom suporte tanto à área de prospeção, como, esperamos, no possível desenvolvimento futuro", afirmou Franco Conticini, responsável da ENI, na conferência "Exploração de Petróleo em Portugal", na Fundação Calouste Gulbenkian.

O furo na costa alentejana será o 28.º em alto mar na costa portuguesa e o primeiro em águas profundas.

Segundo o responsável da ENI, a operação de perfuração vai decorrer por um período de cerca de 45 dias, durante o qual um navio vai recolher análises para perceber se há viabilidade para continuar a investigar.

"Em caso de descoberta vamos precisar de mais poços para estimar o tamanho e a extensão da jazida", explicou Franco Conticini, na conferência promovida pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).

Questionado pelos jornalistas, o porta-voz da ENI escusou-se a responder a questões relacionadas com os planos da petrolífera na pesquisa e prospeção de petróleo, remetendo para os elementos divulgados durante a apresentação.

Em março, o então presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, estimou em mais de 100 milhões de dólares o investimento na prospeção de petróleo na costa alentejana.

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