O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou esta terça-feira que o Governo central «ajudará a Catalunha como a outras comunidades autónomas» para que resolvam os seus problemas de liquidez, mantendo-se os compromissos de cortes do défice e dívida.
«O Governo da Catalunha, já o sabíamos todos, tem um problema de liquidez. Não pode enfrentar alguns vencimentos da sua dívida. Esse é o grande problema que tem atualmente o nosso país», disse Rajoy, em conferência de imprensa em Madrid.
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«Não se trata de que aumente a sua dívida. A Catalunha tem que pagar vencimentos de dívida, não o pode fazer e pede ajuda ao estado. Isto é algo que se fez nos últimos meses com várias comunidades e que continuaremos a fazer».
Rajoy, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, comentava notícias de que a Catalunha vai pedir um apoio de mais de 5.000 milhões de euros ao Governo central.
«Dissemos às comunidades autónomas que também são Espanha e o governo central não desatende a situação das comunidades autónomas. Até aqui já ampliámos os prazos de dívidas, fizemos a operação de financiamento para pagar aos fornecedores e ajudámos no passado a refinanciar as suas dívidas».
«Isto não é novo. Ocorreu com a Andaluzia, com a Comunidade Valenciana e outras. Nós não nos vamos alhear dos problemas e dificuldades que tenham as comunidades autónomas», considerou.
Apesar disso, insistiu Rajoy, é importante que todos os Governos - nacional, regional e locais - «cumpram os compromissos de défice e dívida pública».
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«O que nos trouxe até aqui foi o défice público descomunal. Não podemos gastar o que não temos. Isso tem que acabar», disse.
«Temos que ir reduzindo o défice, incluindo porque se corre o risco de não nos podermos financiar. Não se trata de criar polémicas, mas sim de resolver problemas», afirmou ainda.
O Governo da Catalunha solicitou ao Governo espanhol aderir ao Fundo de Liquidez Autonómica a que pedirá emprestados 5.023 milhões de euros, advertindo porém que não aceita «condições políticas».
Francesc Homs, porta-voz do Governo regional da Catalunha afirmou que o Governo usará os recursos - que virão de um fundo dotado com 18 mil milhões de euros - para cumprir com o défice pública a que está obrigado, de 1,5 por cento do PIB este ano.
Os fundos, que a Catalunha considera «fundos próprios catalães», serão também utilizados para refinanciar «vencimentos pendentes» até ao fim do ano.
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