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«China ajuda-se a si própria» quando compra dívida europeia

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Analistas dizem que China quer reforçar poder e assegurar que países vão continuar a poder importar produtos chineses

A China está a «ajudar-se a si própria» quando compra dívida de países da União Europeia e nessas operações terá gasto apenas uma ínfima parte das suas enormes reservas, avançam analistas ocidentais em Pequim.

«Isso dá à China força política, assegura que aqueles países continuarão a poder importar produtos chineses e é uma excelente oportunidade para diversificar a aplicação das suas reservas enormes», disse um economista europeu, citado pela agência Lusa.

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Europa: a maior parceira comercial da China

A União Europeia é o maior parceiro comercial da China, absorvendo cerca de um terço das exportações chinesas. Nos primeiro onze meses de 2010 o comércio bilateral aumentou 30% para 430 mil milhões de dólares (332.200 milhões de euros).

Até agora, a imprensa oficial e o Governo chinês nunca revelaram o montante dos títulos do tesouro comprados a países europeus.

«Aqui nunca dizem nada. Dizem que já compraram e que vão continuar a comprar. Mais nada», comentou um diplomata europeu.

Foi essa a postura adoptada pela China durante a visita a Portugal do presidente chinês, Hu Jintao, em Novembro passado, e reafirmada há uma semana em Madrid pelo vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang.

O jornal «El País» noticiou que Li Keqiang disse ao chefe do Governo espanhol que a China tencionava comprar cerca de 6 mil milhões de euros da divida espanhola, «tanto como o que comprara à Grécia e a Portugal».

Aqueles números - que não foram oficialmente confirmados, mas parecem dados como certos nos meios diplomáticos - representam menos de um por cento das reservas chinesas em divisas.

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Segundo anunciou esta terça-feira o banco central chinês, as reservas da China em divisas, as maiores do mundo, aumentaram 18,7% em 2010, para 2,85 biliões de dólares (2,2 biliões de euros), quase um terço dos quais - 907.000 milhões de dólares - estão investidos em títulos do tesouro norte-americano.

A aquisição de títulos pode ser feito por acordo directo entre governos ou no chamado mercado secundário, por investidores institucionais ou privados, explicaram especialistas.

No final de Setembro passado, por exemplo, o Bank of China, um dos cinco grandes bancos comerciais chineses, todos estatais, detinha 302,28 milhões de euros em títulos do tesouro da Grécia, Itália, Portugal, Irlanda e Espanha.

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