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Economistas: ajuda à Grécia é boa para todos

Especialistas dizem que juros cobrados ao país são justos

Os economistas contactados pela Lusa consideram que o auxílio prestado à Grécia é, na verdade, benéfico para todos os países europeus.

Além de tranquilizar o mercado, o plano trava o risco de contágio a outros Estados europeus, além de defender a própria moeda única.

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«Pouco a pouco, todos os países [da zona euro] seriam afectados pela situação na Grécia. Portugal, Espanha, Irlanda, e mesmo os países da Europa Central que vão ter défices altos em 2010. Com esta medida, todos saem favorecidos, sem excepção", assinalou Rui Constantino, economista chefe do Santander Totta.

Uma opinião partilhada por Paula Carvalho, economista do Banco BPI, que salientou que «a medida é um sinal da importância da confiança nos mercados internacionais. A indefinição sobre a posição dos governos europeus face a um país em apuros gerava desconfiança e especulação», que a especialista considera «exagerada face à realidade do país».

O subdirector de investimentos do Banco Best, Carlos Almeida, também destacou que, apesar de «a situação grega não ter paralelo, sendo incomparável com a dos outros países, merecia muita atenção da parte das autoridades», pelo que o mecanismo de apoio «efectivamente, sinaliza também uma protecção para os restantes países da zona euro».

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«A sustentabilidade do euro e a acalmia dos mercados financeiros», são as maiores virtudes do acordo, segundo Rui Constantino, que recordou que «quem financiará [a Grécia] são os investidores privados, que têm liquidez» e que o papel da União Europeia é de dar «sustentabilidade» ao processo de financiamento.

O perito reforçou que «é um mecanismo que fica para o futuro» e, nesse sentido, «também Portugal acaba por beneficiar desta medida», explicando que «o aval à Grécia é semelhante às garantias estatais dadas aos bancos no auge da crise», já que acabam por ser cobradas pequenas comissões.

Carlos Almeida sublinhou ainda que a ajuda é mais uma questão de «racionalidade e acalmia dos mercados do que uma ajuda à Grécia para diminuir as suas dificuldades financeiras».

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