Sábado será o próximo dia "D" para a Grécia. Poderá ser alcançado um acordo na reunião do Eurogrupo, depois de até agora ter havido avanços e recuos de ambos os lados. Durante a tarde, os líderes da Zona Euro estiveram uma vez mais reunidos. No sábado será discutida uma nova contra-proposta grega. É uma luta contínua entre a Grécia e as instâncias europeias. Ao longo do dia multiplicaram-se as reuniões em Bruxelas e a contagem decrescente para um eventual acordo está em ritmo vertiginoso. Mas, verdade seja dita, ainda não há qualquer luz ao fundo do túnel e segundo o Prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, se a Grécia sair do Euro a culpa é dos credores, em especial do FMI, disse numa crónica no New York Times. O presidente do Eurogrupo, Jeröen Dijsselbloem, disse hoje que persistem ainda distâncias entre Atenas e os credores. Em comunicado, Dijsselbloem afirmou que a reunião desta tarde dos ministros das Finanças da Zona Euro serviu para as instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) informarem das negociações com o Governo grego e que a "distância ainda é grande" entre as propostas dos credores e o que querem as autoridades gregas. O também ministro das Finanças da Holanda voltou a queixar-se de que as novas propostas do Governo grego chegaram hoje em cima da reunião do Eurogrupo, pelo que as instituições não tiveram tempo de fazer uma análise aprofundada, o que ainda irão fazer. Jeroen Dijsselbloem reiterou ainda a possibilidade de o Eurogrupo voltar a reunir-se sábado, na quarta reunião em menos de uma semana e apenas dedicada à Grécia. Já o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, revelou que estiveram a ser discutidas duas propostas, uma das instâncias europeias e outra do governo grego. Varoufakis diz que houve recusas de todas as partes, por parte da Grécia face às insistências dos credores, mas também de alguns ministros das Finanças que recusaram vários pontos da proposta conjunta da Comissão Europeia, do Eurogrupo e do FMI. Por sua vez, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou durante esta tarde que quer um acordo antes da abertura dos mercados na segunda-feira, e deixou claro que a Alemanha não se deixará chantagear pela Grécia.
Pontos de DiscórdiaPUB
PUB