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Execução: dado positivo ajuda nas negociações com FMI

Para Rui Leão Martinho deve-se «abarcar o maior número possível de responsáveis» e partidos políticos para uma solução mais abrangente

O bastonário da Ordem dos Economistas admitiu esta sexta-feira que o saldo positivo da execução orçamental pode ajudar Portugal nas negociações com a missão de resgate, mas que a capacidade pode depender ainda mais da convergência política.

À margem das II Jornadas do Património, em Lisboa, Rui Leão Martinho afirmou que a notícia divulgada esta sexta-feira não pode deixar de ser positiva. «Se estamos a cumprir os objectivos e até se são melhores do que os previstos em termos homólogos, com os do ano passado, óptimo», notou.

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O bastonário disse que neste cenário a capacidade de negociação do Estado português com a missão de resgate FMI/CE/BCE pode reforçar-se.

«Mas a capacidade de negociação depende, sobretudo, da convergência de todas as forças políticas que vão ter responsabilidade no país», defendeu citado pela Lusa.

Para Rui Leão Martinho, deve-se «abarcar o maior número possível de responsáveis e partidos políticos para uma solução mais abrangente, mais pacificadora e mais fácil de ser entendida pelos cidadãos».

O bastonário defendeu que se deve evitar ao «máximo» que a austeridade passe apenas pelos «sacrifícios das famílias e menor investimento das empresas», devendo existir medidas também para «impulsionar o crescimento».

O economista sublinhou que os cidadãos não devem assumir que a austeridade é já desnecessária. Face à ausência de reformas estruturais que não foram feitas nos anos 90 e no início do século e à maior disponibilidade da sociedade para «ir além das suas fontes de rendimento», chegou-se agora ao momento de «reconverter o modo de vida».

Leão Martinho admitiu que o consumo «público e privado» terá diminuído com o agravamento da taxa do IVA, que subiu de 19 para 21 por cento, mas que trouxe neste início do exercício uma maior «entrada de receitas».

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