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Minas de Moncorvo exploradas dentro «de um ou dois anos»

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Autarca acredita que vão aparecer empresas interessadas na exploração mineira

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo (PS) acredita que um dia o minério de ferro voltará a ser explorado no concelho e para efeito estão já a ser acauteladas algumas situações ao nível de infraestruturas e equipamentos.

«Recentemente impedimos a EDP de fazer um cruzamento de nível com a ecopista que atravessa o antigo canal ferroviário da linha do Sabor, que daria acesso à barragem do Baixo Sabor, para assim salvaguardar a possibilidade de, no futuro, o transporte do minério ser feito por via-férrea», explicou Aires Ferreira, citado pela Lusa.

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O responsável considera que daqui a um ou dois anos poderão aparecer outras empresas interessadas na exploração mineira em Moncorvo, admitindo que a atual conjuntura sócio económica vivida no país e no mundo ainda não é a mais favorável para tal.

O autarca socialista acrescentou ainda que foi decidido pela Câmara o não desmembramento das 26 casas do antigo bairro mineiro do Carvalhal, para que no futuro as habitações possam servir de alojamento aos técnicos que venham trabalhar na exploração mineira.

Aires Ferreira fala também na aquisição de um terreno de oito hectares inserido na área mineira da localidade do Carvalhal, que nunca foi utilizado e «que permite a criação de uma zona turística», mas também «impede» qual quer tipo de pressão sobre uma parcela de terreno que poderá ser útil à exploração mineira.

Para o autarca de Torre de Moncorvo, «o futuro acautela-se hoje», acreditando que um dia as minas vão ser de novo exploradas e garantindo que «tudo está ser feito nesse sentido por parte da autarquia».

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«Falou-se num investimento de milhões de euros. Com problemas de transporte de minério para decidir, estas questões são importantes e não se resolvem assim do pé para a mão», disse.

Segundo o autarca, não se está a falar da instalação de uma fábrica que pode ser edificada em qualquer lado, mas sim de um empreendimento que tem em vista a exploração de uma jazida de minério de ferro.

Aires Ferreira garantiu ainda que tem havido muito «ping-pong» em torno da questão mediática relativa à exploração mineira em Torre de Moncorvo.

«Não podemos atirar as culpas do fracasso das negociações ao Governo, mas sim às dificuldades atuais de financiamento existentes nesta altura. Mesmo para as empresas multinacionais há dificuldades e não me parece haver tempo para atitudes conspiratórias», frisou.

O processo da exploração mineira em Torre de Moncorvo entrou num impasse quando a anglo-australiana Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo depois de semanas de intensas negociações entre o atual detentor dos direitos de prospeção e exploração (MTI) e o Governo.

A justificação oficial para o recuo da Rio Tinto refere que a Minning Technology Investments (MTI), que detém os direitos de concessão das minas de Moncorvo até 2070, «não conseguiu provar que o projeto era viável e rentável».

Em outubro de 2011 foi anunciada a intenção do gigante internacional do setor mineiro de investir mil milhões de euros na região de Moncorvo com a perspetiva de criação de 420 postos de trabalho diretos.

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