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Portugal perde anualmente quase tantos exportadores como ganha

Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, diz que este "número negativo" tem de ser combatido com a qualificação de recursos humanos

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, afirmou hoje que Portugal perde anualmente quase tantos exportadores como ganha e que este "número negativo" tem de ser combatido com a qualificação de recursos humanos.

Todos os anos Portugal tem mais cinco mil a seis mil exportadores, o que significa que, se o número global não cresce, é porque todos os anos Portugal perde cinco mil a seis mil exportadores, ou seja, empresas que exportaram uma primeira vez e que depois não continuaram o processo exportador", afirmou.

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O governante falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde esteve presente na sessão de assinatura de um protocolo entre a Universidade da Beira Interior e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que visa a criação de uma formação avançada no setor das exportações.

Durante a cerimónia, Eurico Brilhante Dias destacou que os números das exportações estão a crescer, mas também ressalvou que apesar de "todos os anos surgirem novos exportares, o número global teima em não crescer ao mesmo ritmo", isto porque há exportares que desistem logo após as primeiras experiências.

Centrando a análise apenas na exportação de bens e deixando de fora os serviços que têm estado a exportar mais, o governante também referiu que atualmente há entre 21 a 22 mil exportadores, número que é "apenas ligeiramente superior" ao registado há dez anos, quando seriam cerca de 20 mil.

Segundo acrescentou, olhando para a base do setor exportador de bens também se verifica que a maioria das empresas não exporta continuadamente, sendo que os valores relativos a 2017 indicam que só 10 mil dessas empresas exportaram bens sem interrupções durante os cinco anos anteriores.

Dados que levam o secretário de Estado a afirmar que é preciso continuar a apostar na internacionalização de todo o tecido empresarial português, incluindo as empresas de menor dimensão.

O grande desafio que nós temos para continuar a crescer é fazer um alargamento da base e garantir continuidade exportadora às pequenas e médias empresas, onde temos muitos milhares de postos de trabalho", afirmou, reiterando o papel da qualificação dos quadros das empresas, que "é decisiva" para se ganhar esse combate.

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