Cerca de uma em cada cinco mulheres está exposta a uma situação de pobreza em Portugal, avançou hoje à Lusa a presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).
Sara Falcão Casaca referiu que este número demonstra que as mulheres são «mais vulneráveis à pobreza» do que os homens dada «a sua maior fragilidade na esfera laboral», destaca a Lusa.
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Esta é uma das informações que constará do relatório que o Observatório do Género, da CIG, está a realizar e deverá ser divulgado em Julho.
«É uma preocupação acompanhar aquilo que os números podem dizer sobre a vulnerabilidade das mulheres e dos homens à privação material e não só, por isso a CIG tem ao seu dispor um observatório que neste momento está a compilar este tipo de informação», adiantou à Lusa a responsável à margem do seminário internacional «Desafiar a indiferença: género, igualdade e inclusão social».
A presidente da CIG sublinhou que também são as mulheres que mais sofrem com crise, pois são mais atingidas pela precariedade laboral e desemprego, sobretudo o de longa duração.
Sara Falcão Casaca sublinhou ainda que as famílias monoparentais são sobretudo encabeçadas por mulheres, sendo também um «grupo muito vulnerável».
Segundo a responsável, a pobreza no feminino é um fenómeno praticamente comum a todos os países do mundo.
Para ultrapassar estas desigualdades, a CIG procura «sensibilizar os agentes económicos para a questão da igualdade», demonstrando que as mulheres têm mais escolarização do que os homens, e promover o empreendorismo feminino através da aposta na formação e na abertura de negócios, adiantou.
Sara Falcão Casaca afirmou ainda que a CIG luta para tentar «banir um dos fatores que «mais contribui para a pobreza» das mulheres: salários mais baixos do que os dos homens.
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