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Catalunha precisará de mais liquidez do Governo central

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Fitch diz que relação entre Governo central e o regional deverá agravar-se

A Catalunha deverá precisar de mais fundos para fazer face ao seu endividamento, apesar de as autoridades espanholas terem garantido que vão alargar o Fundo de Liquidez Autonómica (FLA) em 2013, avança a agência de notação financeira Fitch.

Esta necessidade surgirá caso o FLA, estrutura criada pelo Governo central para apoiar as regiões autónomas espanholas em apuros, seja implementado com base nos mesmos critérios que o fundo em 2012, ou seja, excluindo do fundo os empréstimos do banco nacional.

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A dificuldade de captar dinheiro nos mercados de capitais e a relutância entre bancos nacionais em conceder empréstimos aos governos regionais mostra que é altamente provável que a Catalunha continue a olhar para o apoio do Governo central para financiar o vencimento das obrigações, refere a Fitch, citada pela Lusa.

A Catalunha tem uma dívida de 13,6 mil milhões de euros a curto e longo prazo que vencem no próximo ano, da qual 3,15 mil milhões de euros é proveniente dos bancos nacionais.

As eleições da Catalunha, que deram a maioria aos partidos pró-independência, «não deverá afetar as dívidas», tendo em conta «o compromisso do Governo central para suportar a liquidez» e que o governo regional também garantiu que o pagamento da dívida é uma prioridade.

A Fitch estima também que a relação entre o Governo central e o regional deverá contudo agravar-se, o que poderá complicar e atrasar as negociações.

A Catalunha, cuja classificação da Fitch é «BBB-», foi uma das primeiras regiões a reivindicar o FLA, tendo começado a beneficiar do fundo a 09 de outubro.

No total, a administração catalã pediu 5,37 mil milhões de euros do fundo em 2012, 3,30 mil milhões de euros para o pagamento da dívida e 2,07 mil milhões de euros para tapar o défice.

O orçamento do Estado para 2013 está em debate e deverá ser aprovado no final do ano, devendo o FLA atingir pelo menos 23 mil milhões de euros.

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