A Goldman Sachs defendeu esta sexta-feira que a melhor solução para os problemas de financiamento de Portugal passa por um pacote de apoio. Já para a Espanha, este banco de investimento norte-americano defendeu a realização de uma linha de crédito.
«Consideramos que a melhor solução é um pacote de apoio para Portugal e uma linha de crédito para Espanha», disse o economista chefe para a Europa do banco, Erik Nielsen, em entrevista à «Bloomberg TV».
PUB
Erik Nielsen explicou ainda que a análise do banco de investimento à situação financeira de Espanha aponta que, no pior cenário utilizado e com a economia a contrair (sublinhando que nesta altura a economia até cresce), a dívida pública espanhola rondaria os 90% e que apesar de ser «um número grande» tal «não demonstra um problema de solvência».
Quanto ao fundo europeu de resgate, Erik Nielsen considera que neste momento não é necessário aumentar a sua capacidade efectiva, mas que este mecanismo devia ser tornado mais flexível.
Ainda assim, estima a Goldman Sachs, o fundo tem capacidade para apoiar Portugal e Espanha durante 18 meses a dois anos.
Axa: Portugal pede ajuda até Março
Portugal aguenta juros de 7%, diz Fitch
Já a Fitch admitiu hoje que tem «poucas dúvidas» sobre a determinação de Portugal para evitar o FMI, sublinhando que o país tem condições para suportar, temporariamente, juros de 7% para colocar dívida.
O líder da unidade de análise de dívida soberana da agência de notação financeira Fitch, David Riley, disse hoje em Londres, citado pela Bloomberg, que Portugal começou o ano de forma «razoável» na captação de financiamento.
David Riley adiantou ainda que os ratings AAA (máximo na escala de avaliação da Fitch) das maiores economias europeias não estão em risco devido aos apoios financeiros à Grécia e à Irlanda, pelo menos no imediato.
PUB