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Freitas contra «ditadura franco-alemã de pura ilegalidade»

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O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, diz que a União Europeia vive sob uma ditadura franco-alemã e que estes dois países lideram contra princípios democráticos e em pura ilegalidade.

Numa conferência sobre os 25 anos da adesão de Portugal à União Europeia, o antigo governante e fundador do CDS teceu críticas aos dirigentes europeus e à sua actuação face à crise, mas foi especialmente duro relativamente à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, avança a Lusa.

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Freitas do Amaral condenou as «intervenções de Bruxelas» e de «um ser híbrido a que chamam Merkozy» nos orçamentos e na condução das políticas nacionais, afirmando que isso «não é federalismo, nem democrático».

«Isso é uma pura ilegalidade geral na União Europeia, não se respeitam as competências nem do Conselho, nem da Comissão, nem do Parlamento Europeu», disse, num debate subordinado ao tema «A Europa que sonhamos», na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Na opinião de Freitas, há hoje «um conjunto de países democráticos governados por uma ditadura de cima para baixo».

«É capaz de ser imperialismo, hegemonia, colonialismo, protectorado, mas o que temos é uma ditadura de dois chefes de estado ou de governo a mandar em dezenas de países», reforçou.

«Tudo bem se estiver nos tratados e se as autoridades que nos fazem essas imposições tiverem sido eleitas democraticamente. Desculpem-me esta nota de pessimismo, mas isto é o contrário do sonho, é o pesadelo», rematou.

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Na sua intervenção, o catedrático da Universidade de Direito disse ter sido sempre um defensor do federalismo europeu e revelou ter sonhado com uma Europa «grande», que pudesse «dialogar quase de igual para igual com os Estados Unidos e a Rússia».

Freitas considerou ainda que a União Europeia não soube evoluir a nível político como evoluiu ao nível do Direito e judicial.

O antigo governante defendeu um «federalismo democrático», onde, por «sufrágio directo e universal», os cidadãos pudessem eleger um primeiro-ministro a nível comunitário, e também um reforço da Comissão face ao Conselho Europeu. «Sei que já não vai ser na minha vida», concluiu.

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