Dois dias após a assinatura do acordo de concertação social, as nomeações marcaram o debate quinzenal, esta sexta-feira, no Parlamento. O tema «Diálogo Social e Reforma do Estado», escolhido pelo Governo, acabou por ter poucas menções, mas, no discurso de abertura, o primeiro-ministro debruçou-se sobre o «compromisso» de todos os parceiros sociais e deixou uma palavra especial para o Presidente da República.
Passos Coelho mencionou, no Parlamento, a importância do papel de Cavaco Silva «para que se chegasse a este acordo».
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Sem explicar que papel teve o Chefe de Estado, o primeiro-ministro limitou-se a agradecer essa intervenção - que se presume discreta, e que não foi noticiada -, garantindo que
«não só o Estado se comprometeu com um conjunto de mudanças - as medidas que estão contidas no memorando e que tiveram no arco deste Parlamento uma representação muito forte em apoio desse memorando -, hoje podemos dizer que não é o Estado apenas representado por essas forças sociais é o apoio social comprometido com essas mudanças».
Para o primeiro-ministro, «um acordo envolve sempre concessões». E este «acordo tem uma estratégia clara que está vertida no próprio acordo, que de resto está interiorizada no memorando de entendimento e que consta no memorando de entendimento».
O PCP acusou Passos Coelho de se «vangloriar» pelo acordo como se se tratasse de um «troféu de caça».
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